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Lipedema: O que e o que não comer para reduzir sintomas – Dicas de dieta eficazes

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Lipedema. Você já deve ter ouvido o nome dessa doença, que causa o acúmulo de gordura nos braços e nas pernas. A condição não tem cura, mas adotar um estilo de vida saudável ajuda a reduzir os sintomas.

Cuidar da alimentação, por exemplo, é fundamental para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e pode até complementar outras intervenções médicas e cirúrgicas.

Mas é importante salientar que não há uma dieta antilipedema. Além de não existir um consenso científico sobre isso, escolhas alimentares são individuais e englobam várias outras questões de saúde.

“O tratamento dietético é fundamental. No entanto, ainda não há um consenso sobre as diretrizes específicas para o lipedema”, diz Leonardo Pires de Sá Nóbrega, vice-diretor de publicações da SBACV (Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular).

Algumas dietas são mais benéficas. Nóbrega explica que alguns estudos apontam benefícios das dietas de baixo impacto glicêmico (com pouca variação dos níveis de glicemia no sangue) e da mediterrânea modificada em pacientes, ambas atuando no controle de peso e nos edemas, ou inchaços.

“O objetivo do tratamento é evitar o ganho de peso ou alcançar um peso saudável, pois o sobrepeso e a obesidade agravam os edemas”, explica.

Mecanismos do lipedema ainda são desconhecidos. A doença só foi incluída em 2022 na CID 11, a Classificação Internacional de Doenças. Sabe-se, porém, que é prevalente em mulheres, com forte relação genética e com desequilíbrios hormonais —é mais comum surgir na puberdade, gravidez, após o uso de pílula anticoncepcional e na menopausa.

A gordura do lipedema tem componente inflamatório, por isso causa dor e é diferente da obesidade. Por essa razão, muito se diz que uma dieta anti-inflamatória poderia ajudar a lidar com a condição.

Esse estilo alimentar inclui escolhas saudáveis que fariam bem à saúde para quem tem ou não lipedema, como:

frutas;

verduras;

legumes;

sementes;

oleaginosas;

produtos integrais e minimamente processados.

“Esses alimentos, quando consumidos em quantidades adequadas, auxiliam no controle do peso corporal, podendo ter um efeito anti-inflamatório”, diz a nutricionista Mônica Assunção, do Hospital Universitário Alberto Antunes, da UFAL (Universidade Federal de Alagoas), vinculado à Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares).

Contudo, isso não significa a cura do lipedema. Destaco que bons hábitos alimentares devem ser associados à prática regular de atividade física, assim como a ausência de alcoolismo e tabagismo. Mônica Assunção, nutricionista

Ter ajuda de um nutricionista nesse processo é regra para personalizar a dieta às outras necessidades de saúde. “Por mais que existam orientações gerais para uma condição, cada indivíduo é um, com suas restrições, condições metabólicas e gastrointestinais que precisam de um planejamento alimentar individual”, reforça a nutricionista Karoline Andrade, do Hospital Universitário da Univasf (Universidade Federal do Vale do São Francisco), unidade Ebserh em Petrolina (PE).

O que evitar quando se tem lipedema?

Armando Lobato, cirurgião vascular e presidente da SBACV, explica não existir uma lista de alimentos proibidos. “A condição não está diretamente relacionada à dieta. No entanto, algumas diretrizes gerais podem promover o bem-estar”, diz.

Mais uma vez, a orientação acompanha diretrizes indicadas a toda a população:

evitar ao máximo o consumo de frituras (sobretudo em óleos com muito ômega 6, como os de soja, girassol e milho);

evitar alimentos industrializados ricos em sódio ou açúcares, farinhas refinadas e aditivos. É o caso, por exemplo, de salgadinhos; embutidos; refrigerantes; lanches de fast-food; bolachas; temperos industrializados.

Alimentação no controle dos sintomas

O acúmulo de gordura causa dor, sensibilidade, inchaço e hematomas. Segundo o cirurgião plástico Fernando Amato, o momento em que há sintomas é o ideal para entender o que influencia no acúmulo de gordura, incluindo a alimentação.

“Dá para tirar certo alimento e ver se é ele, tentar tirar medicação —com o aval do médico— e depois voltar”, orienta. Isso ajuda a controlar os desconfortos e só depois é recomendado fazer cirurgias estéticas para tirar o excesso de gordura, caso exista incômodo.

Substituições e restrições na alimentação devem ser feitas apenas sob orientação médica. Sem ajuda, há o risco de a pessoa prejudicar a saúde de outras formas. “É comum ver pacientes com tudo alterado, como vitaminas e, às vezes, até deficiências”, alerta Amato.

Tirar fator desencadeante melhora muito a qualidade de vida da pessoa, mas é importante ter acompanhamento, porque quem suspende por conta própria pode se prejudicar muito. Fernando Amato, cirurgião plástico

Fonte: uol

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