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Ciência & Saúde

Silicone nos seios: como tomar a decisão certa e sanar suas dúvidas

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O Brasil está em segundo lugar no ranking dos países que mais realizam a cirurgia de aumento dos seios, perdendo apenas para os Estados Unidos. Por aqui, 319 mil próteses de silicone são implantadas por ano, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Logo, é fácil afirmar que esse é um sonho de muitas brasileiras.

No entanto, é sempre importante frisar que esse procedimento é uma cirurgia, ou seja, envolve uma série de cuidados e mesmo possíveis complicações. Por conta disso, ao decidir que uma mamoplastia de aumento está em seus planos, é preciso ponderar diversos fatores.

Para ajudar, o Dicas de Mulher conversou com cirurgiões plásticos para entender melhor qual é o passo a passo a se seguir depois de decidir que você quer colocar um implante de silicone. Confira a seguir:

Passo 1: A escolha do cirurgião plástico

Ao acessar portais jornalísticos ou o noticiário da TV, vemos uma série de histórias de cirurgias plásticas que deram errado. Na maioria delas, há um fator importante em comum: a irresponsabilidade de quem executou o procedimento. Por isso, é fundamental estar atento ao profissional escolhido.

Normalmente, as pessoas escolhem com base na indicação de quem já operou com um determinado profissional, o que conta bastante! Mesmo assim, é sempre importante verificar se esse médico possui cadastro no Conselho Federal de Medicina. Você pode consultar no site do CFM, procurando pelo nome completo dele. Ali você pode visualizar também se ele possui o RQE (Registro de Qualificação Profissional) em cirurgia plástica.

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Certifique-se também se ele é membro da SBCP. “Para fazer parte do quadro de membros, os cirurgiões fizeram a formação de 2 a 3 anos na Cirurgia Geral e depois mais 3 anos na Cirurgia Plástica, prestar prova junto a SBCP para obter o título de especialista que é reconhecido pela Associação Médica Brasileira (AMB) e o Conselho Federal de Medicina (CFM)”, descreve Wanda Elizabeth Corrêa, cirurgiã plástica e Membro Titular da SBCP.

Corrêa alerta para outro fator que pode significar que o profissional não é bom ou usa materiais de segunda linha: o valor do procedimento. “Charlatões e mercadorias de segunda linha existem em todos os lugares, normalmente são baratas e se adquire ou se negocia valores com muita facilidade”, diferencia a cirurgiã.

Vale também se atentar ao local da cirurgia: normalmente elas devem ser feitas em clínicas especializadas ou hospitais, sendo realizadas apenas após a apresentação de exames pré-operatórios e com infraestrutura para atender qualquer intercorrência ou complicação. Sempre questione esses pontos!

Passo 2: Primeira consulta

Profissional escolhido, hora de marcar a primeira consulta. Geralmente esse encontro inicial é uma chance de o profissional conhecer melhor os desejos da paciente. “Ele também irá conversar sobre seu histórico pessoal e familiar de saúde”, além de fazer a solicitação dos exames necessários para a cirurgia, conforme aponta o cirurgião plástico Luís Maatz, membro da SBCP e especialista em Reconstrução Mamária pelo Hospital Sírio-Libanês (SP).

Também é o momento de você tirar todas as suas dúvidas! Vale tanto questionar os pontos que citamos no tópico anterior, como onde será feita a cirurgia e o histórico profissional desse médico, quanto entender melhor como será o pré e o pós-operatório, quais cuidados ter, entre outros pontos.

Passo 3: Definição da prótese

É também na primeira consulta que será discutido qual o tamanho e modelo da prótese que será usada. Para o tamanho, o primeiro ponto a ser considerado é o seu desejo: o que você espera do resultado.

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No entanto, o médico vai aliar isso a alguns fatores anatômicos, como tamanho original das mamas, espessura do tecido mamário, flacidez da pele, largura do tórax e sua altura, conforme enumera Maatz. Para você ter uma noção de como será o resultado, levando em conta tudo isso, ele pode usar moldes, “permitindo à paciente simular o volume final das próteses”, comenta o especialista.

Quando pensamos em próteses, existem algumas variáveis em cada modelo, entre elas:

  • Formas: existem próteses redondas, anatômicas e cônicas (gota)
  • Projeção: elas podem ser super altas, altas, médias e baixas
  • Superfícies: lisas, texturizadas e de poliuretano
  • Tamanhos: as próteses podem ter entre 160 e 450 ml

O local em que elas podem ser colocadas também varia:

  • Subglandular: abaixo das glândulas mamárias
  • Subfascial: abaixo da fáscia muscular
  • Submuscular: abaixo do músculo

O melhor local vai depender muito das características anatômicas da mulher.

Passo 4: Pré-operatório e preparação para o pós-cirúrgico

Antes da cirurgia, é preciso realizar os exames pré-operatórios, que incluem: ultrassonografia mamária e, talvez, a mamografia (pedida caso você tenha mais de 40 anos ou histórico familiar de câncer de mama), exames de sangue, urina e risco cirúrgico (que inclui exames do coração, como eletrocardiograma e o raio-X do tórax). Os dois primeiros exames normalmente são guardados para serem usados como referência posteriormente, ressalta Corrêa.

Além disso, é importante saber quais detalhes do pós-operatório você já precisa preparar. Por exemplo, o tempo que você precisará ficar em repouso. “O ideal é escolher um momento em que seja possível uma semana para se afastar do trabalho e das atividades habituais e dedicar esse tempo à recuperação da cirurgia”, recomenda a cirurgiã plástica.

Outro ponto importante é a compra de um sutiã específico para esse momento, como aponta Maatz. “Eles são especialmente desenvolvidos para o período pós-operatório e seu uso deve ser mantido por, em média, um a dois meses”, explica o especialista.

Tendo tudo isso em mente, é mais fácil se planejar para dar esse grande passo e realizar esse sonho. E, lembre-se: sempre consulte seu cirurgião plástico ao tomar qualquer decisão em relação a implantes de silicone – é ele a pessoa mais indicada para te auxiliar.

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As informações contidas nesta página têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.

Fonte: dicasdemulher

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