Quando você derrama café no colo ou pega uma assadeira sem luvas, as terminações nervosas da sua pele avisam o sistema nervoso central que algo está errado. O cérebro, então, interpreta esses sinais como dor e o corpo se prepara para tentar resolver o problema.
É quando rola a inflamação: os vasos sanguíneos na área afetada se dilatam para que uma avalanche de células imunológicas cheguem até lá. A pele, por causa disso, fica mais vermelha e inchada.
A resposta do corpo, claro, vai depender da gravidade da queimadura. As de primeiro grau causam vermelhidão na epiderme, a camada mais superficial da pele (e deixam quem esquece de passar protetor solar igualzinho a um camarão). Já as de segundo grau, mais profundas, formam bolhas (um curativo natural cheio de fluidos que ajudam na recuperação e que não devem ser estouradas). As de terceiro grau, por sua vez, destroem os tecidos da pele e podem ser indolores, já que comprometem também os receptores nervosos.
Certo, mas e as queimaduras com gelo?
Até 75% das células da pele são pura água. Em contato prolongado com o gelo, ela congela e se expande. Os cristais de gelo perfuram estruturas internas (as organelas) e também a membrana das células, causando dor e um princípio de inflamação.
Mas, ao contrário do que ocorre em uma queimadura convencional, em que os vasos sanguíneos se dilatam, as baixas temperaturas os contraem. Com o caminho mais estreito, as células de defesa não conseguem chegar ao local com tanta facilidade e a resposta do corpo se torna ineficiente. Além disso, com menos sangue chegando, o tecido pode morrer por falta de oxigênio.
Outras consequências da queimadura por gelo incluem perda de sensibilidade e a formação de bolhas (lembre-se: não as estoure). A primeira ação de tratamento é esquentar a região afetada aos poucos, com água morna, até que a temperatura do corpo volte ao normal.
“Oráculo, mas se o gelo causa tudo isso, por que recomendam compressas geladas para aliviar lesões?” Pois veja só: os protocolos mais recentes da fisioterapia desaconselham essa prática, justamente porque isso pode retardar a recuperação natural do corpo que ocorre durante a inflamação. Saiba mais sobre isso neste artigo.
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Fonte: abril