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Ciência & Saúde

Mudança de hábitos de vida pode salvar vidas: Como reduzir a mortalidade do câncer de mama

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As nossas escolhas estão diretamente relacionadas à possibilidade de desenvolvimento de inúmeras doenças e podem ser fatores de diminuição ou aumento do risco de contraí-las. Porém, muitos ignoram as formas de prevenção e fatores de risco, como no caso do câncer de mama, que continua sendo a segunda maligna mais frequente no mundo, ocupando o primeiro lugar entre as causas de morte por câncer na população feminina.

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Isso se comprova por meio de uma pesquisa realizada pelo Ipec – Inteligência em Pesquisa e Consultoria que neste ano entrevistou 1.397 mulheres, a pedido da Pfizer, sobre dados referentes ao câncer de mama. Das entrevistadas de São Paulo (capital) e das regiões metropolitanas de Belém, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e Distrito Federal, com 20 anos ou mais de idade, 58% não associam o excesso de peso como um fator de risco, enquanto 74% não identificam a relação com o consumo de bebidas alcoólicas, ignorando a relação entre o estilo de vida e a doença.

“Estamos
falando de uma doença multifatorial, em que hábitos de vida e até
comportamentos sociais, como a redução no número de filhos, são considerados
fatores de risco”, diz Márcia , líder médica da Pfizer.

Atividade física regular

Um dos principais hábitos que podem ser inseridos e impacta diretamente no índice do risco do câncer de mama é a prática de atividades físicas. Segundo Priscila Morosini, cirurgiã oncológica do Grupo Oncoclínicas em Curitiba, por meio de mecanismos metabólicos e hormonais, além dos efeitos imunes que produz, a atividade física habitual diminui em 24% o risco de morte por câncer, além de reduzir o risco de morte por doença cardiovascular.

“Inclusive,
muitos estudos também investigam o papel da atividade física depois do
diagnóstico do câncer de mama, comprovando melhora dos resultados cirúrgicos,
dos efeitos colaterais do tratamento, da qualidade de vida e aumento da
sobrevida ”, acrescenta a especialista.

Por isso, independente do índice de massa corpórea, a médica especialista em câncer de mama do Centro de Oncologia e Hematologia da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Débora Gagliato, indica que todas suas pacientes tenham o hábito de praticar alguma atividade física. “Mesmo para aquelas que têm mutação genética que apresenta alto risco de desenvolver a doença, quando implementa a atividade física, reduz drasticamente a possibilidade do diagnóstico de câncer de mama”, destaca ela.

Débora costuma dizer que as mulheres não precisam se tornar atletas, basta que comecem adotar trinta minutos de caminhada por dia, “mexendo-se mais e sentando-se menos”. Além disso, “buscar um peso adequado, com uma dieta rica em vegetais, frutas e grãos, evitando alimentos ultra processados, com conservantes, corantes ou defumados, evitando o consumo excessivo de bebida alcoólica e o cigarro também contribuem como fatores para diminuir o acometimento da doença”, acrescenta.

Dar voz a quem sofre, conscientizar quem desconhece

Para conscientizar as mulheres e contribuir para o combate ao câncer de mama, há pelo menos 10 anos no Brasil, existe a campanha Outubro Rosa, que incentiva o compartilhamento de informações para a conscientização das mulheres sobre a doença.

Dentre tantas iniciativas, a Pfizer conecta todos os anos 15 associações de pacientes oncológicos, representando diferentes partes do País, formando o Coletivo Pink, que procura maneiras de dialogar sobre o câncer de mama com toda a sociedade, e dar voz para quem já enfrenta a doença, em todos os seus estágios. “Os dados
nos mostram que ainda há um longo caminho a ser percorrido na desmistificação
do câncer de mama, por isso é fundamental encontrar formas criativas que aproximem
esse tema das pessoas e possam contribuir efetivamente para a educação em saúde
das nossas mulheres”, afirma a diretora de Comunicação e Assuntos Corporativos
da Pfizer, Cristiane Santos.

E, pensando na necessidade de conscientizar as mulheres e estimulá-las a adotarem boas escolhas, Priscila Morosini criou o projeto #porminhasmamas, que tem por objetivo ser um movimento que amplia a voz e informa mulheres para a transformação da luta contra o câncer de mama.

Em julho deste ano foi promovida a primeira edição da Corrida e Caminhada #porminhasmamas, em Curitiba, contando com cerca de 400 pessoas. “O projeto esportivo da ONG visa tirar muitas mulheres do sedentarismo e reduzir efetivamente o risco de desenvolvimento de doenças graves, entre eles o câncer de mama”, diz a especialista ao contar que, em 2023, será realizada a corrida do circuito, em São Paulo, em com Thamyse Dassie, mastologista e parceira do projeto.

Além do projeto esportivo, a ONG tem outras linhas educacionais em andamento como o Podcast do PorMinhasMamas, apoiado por várias empresas, que busca dar um lugar de fala e pertencimento para muitas mulheres durante e após o diagnóstico do câncer de mama, assim como de tabus e estigmas sociais com esse assunto. “PorMinhasMamas é um ato de amor diário. É uma causa de todas nós. Quanto mais falarmos sobre o câncer de mama, mais falaremos sobre cura e sobre vida”, finaliza Priscila.

Fonte: semprefamilia.com.br

Sobre o autor

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Fábio Neves

Jornalista DRT 0003133/MT - O universo de cada um, se resume no tamanho do seu saber. Vamos ser a mudança que, queremos ver no Mundo