Não há estudos conclusivos, mas é provável que não. Por exemplo: um estudo publicado em 2010 analisa as reações de 130 gatos à presença de estranhos em um abrigo na Flórida, EUA – eles estavam para adoção e recebiam visitas regularmente. Não se verificou qualquer correspondência clara entre cor e comportamento.
Estudos maiores e mais rigorosos viriam bem a calhar, já que essa não é uma hipótese absurda. Sabe-se, por exemplo, que uma mesma proteína que participa da cadeira de síntese do pigmento melanina em gatos interfere na produção do neurotransmissor dopamina, que tem a ver com motivação.
E uma série de experimentos clássicos conduzida com raposas na URSS mostrou que a domesticação desses animais vinha associada a uma mudança na cor da pelagem – se vale para um mamífero, pode valer para outros.
O problema, claro, é que há um imenso estigma associado a gatos pretos, que já impacta a facilidade com que eles são adotados e poderia impactar mais ainda caso ficasse comprovado que certos comportamentos estão associados a cada cor de bichano.
Lembre-se: todos os gatos têm o mesmo desejo maligno de dominar o mundo (rs). Não adote por cor, e sim por amor.
Pergunta de @jvcalderaro, via Instagram.
Fontes: artigo “Human perceptions of coat color as an indicator of domestic cat personality”; artigo “Cat coat color, personality traits and the cat-owner relationship scale: a study with cat owners in Mexico”; livro The greatest show on earth, de Richard Dawkins;
Fonte: abril