Talvez você goste mais ou goste menos dos filmes dele, mas é preciso admitir que, quando se envolve em teoria e tem uma opinião sobre alguns aspectos da indústria cinematográfica, ele geralmente acerta. Durante uma entrevista ao jornal britânico The Telegraph, o diretor de criticou a abordagem atual dos estúdios em relação à produção de filmes, usando como exemplo um clássico do porte de .
Na opinião de Nolan, as empresas se limitam a ver os roteiros como “uma série de eventos” que determinam o bom – ou mau – funcionamento de uma produção, deixando outros elementos para trás.
“Seja por razões orçamentárias ou de controle, os estúdios agora olham para um roteiro como uma série de eventos e dizem: ‘Essa é a essência do filme’. Isso é totalmente o oposto da evolução do cinema, desde o trem dos irmãos Lumière chegando à estação, como uma experiência audiovisual pura. Mas é uma falácia muito popular, às vezes também entre os críticos, francamente, pensar que a única coisa que importa é a escala da história que é contada.”
D.R.
A importância do fator audiovisual é inegável, e Nolan se baseou na saga galáctica de George Lucas para reforçar seu argumento, sugerindo que há uma “negação intencional” do que fez Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança realmente triunfar.
“As pessoas lhe dirão que o sucesso de Star Wars não teve nada a ver com seus efeitos visuais e que tudo se deveu à sua excelente história. Mas esse claramente não é o caso. É, de fato, uma grande história, mas também é uma experiência visual e auditiva incrível. Portanto, essa negação intencional do que os filmes realmente são se instalou.”
É claro que há produções que se baseiam em elementos muito diferentes, mas, tal como acontece com a Força, o segredo sempre será o equilíbrio.
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Fonte: adorocinema
