Ao longo de 25 anos de carreira, Christina Aguilera tem se destacado pela capacidade de se reinventar e romper barreiras na música. Pela primeira vez no Brasil para fazer shows, a cantora concedeu uma entrevista exclusiva ao POPline onde relembrou momentos decisivos de sua trajetória, destacando o lançamento de Stripped, que não só revolucionou sua carreira, mas também transformou a maneira como o público se conecta com sua arte.
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A Voz da Geração coleciona sucessos e fãs em todo o mundo, muito por conta de sua mensagem, além de um talento como cantora poucas vezes visto semelhante. A conexão com os fighters sempre foi o alicerce de sua música. Segundo ela, este link ficou explícito com o lançamento de um de seus álbuns mais elogiados:
“Quando recebi o retorno dos fãs sobre ‘Stripped’, percebi que tomar as rédeas da minha narrativa era o que me permitiria continuar evoluindo. A forma como as pessoas se conectaram com aquele álbum me fez realmente sentir o impacto da música”, confessou a cantora.
Originalmente lançado em outubro de 2002, o disco desafiou os padrões da época com sua honestidade brutal e coragem em expor a vulnerabilidade de uma jovem artista pop. Stripped foi o divisor de águas que fez Christina Aguilera transcender os limites impostos pela indústria.
“Stripped”, segundo álbum da carreira de Christina e que conta com grandes hits como “Dirrty”, “Fighter”, “Can’t Hold Us Down” e “Beautiful”, foi mais do que apenas um lançamento para a cantora, mas lhe serviu como uma libertação:
“Eu precisava me despir das expectativas – mostrar quem eu realmente era: sexualmente, sendo vulnerável, como mulher, defendendo aquilo em que acredito. Essa coragem se tornou a minha base e é assim que tenho abordado todos os meus projetos desde então,” pontuou.
Autenticidade e raízes latinas
Essa postura ousada se transformou na base de cada passo subsequente de Christina Aguilera, que tem nove álbuns de estúdio, entre discos regulares, de natal e projetos em espanhol, moldando uma carreira que sempre se recusou a se encaixar em moldes preestabelecidos.
Sobre manter sua autenticidade em meio as demandas da indústria e do público, ela disse:
“É sobre saber quem você é e não ter medo de se posicionar. Sempre confiei nos meus instintos e me recusei a deixar que me colocassem em uma caixa. Eu continuo trazendo meu crescimento e minhas experiências de vida para a minha arte, e isso naturalmente impulsiona essa evolução.”
A sua conexão com as raízes latinas, por exemplo, é parte desse processo, além de ser essencial em sua identidade artística. Desde Mi Reflejo(2000), um tributo à sua herança familiar, uma vez que Xtina é filha de um equatoriano, até o mais recente AGUILERA (2022), a imersão na música em espanhol permitiu que ela explorasse um universo sonoro repleto de diversidade.
“Conectar-me com minhas raízes latinas tem sido uma das partes mais gratificantes da minha carreira. Mi Reflejo foi uma homenagem à minha herança, e AGUILERA me permitiu mergulhar ainda mais fundo. A música latina é cheia de alma e sonoramente diversa – e eu adorei explorar todos esses sons,” contou.
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Estreia em palcos brasileiros
Este ano, a artista celebra um marco inédito: sua estreia nos palcos brasileiros. Após visitas promocionais anteriores, Christina Aguilera se apresenta agora de forma grandiosa no país que sempre a apoiou de longe.
Depois de uma temporada em Las Vegas com o espetáculo Voltaire at The Venetian Resorts, que durou até o ano passado, Xtina desembarca no Brasil para dois shows, ambos assinados pela produtora 30e.
“É uma emoção indescritível estar finalmente cara a cara com o público brasileiro,” comemorou.
Fonte: portalpopline