Dados da consultoria Bright Consulting apontam que as marcas chinesas vão avançando em participação no mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves em abril. Já atingiram 7,9% ante 7,7% do mês anterior e com alguns modelos já liderando segmentos, como é o caso do BYD Dolphin Mini que o carro 100% elérico mais vendido atualmente
VEJA TAMBÉM:
Ainda conforme a mesma fonte, o BYD Dolphin Mini teve 2.177 unidades vendidas em abril de 2025. Já se consolidou entre os movidos apenas a eletricidade e será o primeiro modelo da marca chinesa a ser fabricado em Camaçari (BA), onde ficava a Ford, entre o fim do primeiro semestre e o início do segundo, conforme a própria fabricante chegou a confirmar.
Receba notícias quentes sobre carros em seu WhatsApp! Clique no link e siga o Canal do AUTOO.
Além do Dolphin Mini, o SUV híbrido BYD Song Pro também aparece na primeira posição entre os híbridos plug-in, com 2.257 unidades vendidas em abril de 2025.Este segmento tem recebido vários outros concorrentes, entre os quais GWM Haval H6, Caoa Chery Tiggo 7, Jaecoo 7, todos de marcas chinesas.
Entre os híbridos leves, porém, o Fiat Fastback ainda é o modelo mais vendido, com 2.447 unidades no mês passado. E no terreno nos híbridos plenos, que contam com motores elétricos que tracionam as rodas, mas não podem ter as baterias recarregadas na rede elétrica, o modelo mais vendido é o Toyota Corolla Cross, com 951 unidades.
Além da BYD, a GWM também já confirmou que vai começar a fabricar no Brasil em 2025. Já em junho, o SUV híbrido H6 vai começar a sair da linha de montagem em Iracemápolis (SP), onde funcionava a fábrica da Mercedes-Benz.
Outras fabricantes chinesas que estão chegando ao Brasil também têm planos de ter produção no país, como a GAC Motors e a Chery, em operação separada da Caoa Chery, bem como a Geely (em parceria com a Renault) e a MG, sob o comando da SAIC Motor, tem intenção de ter uma linha de montagem no país.
Mas isso não é por acaso, as alíquotas de importação para carros elétricos importados que estão em 25% em 2025 passarão para 35% em 2026. No caso dos híbridos, vai a 30% em julho e alcança 35%, em julho de 2026. Tem ainda os automóveis plugin, também híbridos, mas que podem receber carga elétrica externa. Passa a 28% em julho de 2025; e atinge 35%, em julho de 2026.
Mercado geral segue em alta
Imagem: Divulgação
O mercado automotivo fechou o mês de abril de 2025 com 196.454 veículos emplacados, um avanço de 7% em relação a março (183.650 unidades), que teve o carnaval na sua primeira quinzena.
Porém, ao compararmos com abril de 2024, houve recuo de 5,5%, influenciado pelo menor número de dias úteis (20 contra 22). A média diária de vendas foi positiva em relação a março, tanto em showroom quanto em venda direta. O showroom cresceu 7,4% frente a março, com 103.176 veículos vendidos, enquanto a venda direta aumentou 6,5%, totalizando 93.278 unidades.
Entre as montadoras, Hyundai se destacou como a marca com maior ganho de participação no mês, saltando de 6,9% para 8,4% (+1,5 p.p.). Fiat também avançou, consolidando a liderança com 21,8% (+0,7 p.p.), seguida pela Toyota, que subiu para 8,3% (+0,3 p.p.).
Em contrapartida, marcas como Renault (-1,2 p.p.), Nissan (-1 p.p.) e GM (-0,5 p.p.) registraram retração em suas participações.
A venda direta manteve papel relevante, respondendo por 47,5% das transações — patamar praticamente estável frente a março (47,7%), mas acima dos 43,9% registrados em abril de 2024. Isso significa uma retração maior do showroom versus abril de 2024.
Fonte: autoo