Lançado no Brasil em 2014, o Volkswagen Up! era diferente de tudo o que o brasileiro estava acostumado. Tinha como concorrentes os hatches Mobi e March , mas o subcompacto sai na frente em termos de modernidade e farta lista de itens de série.
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Além disso, reunia bons argumentos para convencer o brasileiro a levá-lo para a casa. Com alguns pontos fortes como desempenho, segurança e economia, o Up! tinha tudo para substituir a dupla Gol e Fox. Outro feito histórico surgiu em 2014 no Programa de Avaliação de Novos Carros para a América Latina e o Caribe (Latin NCAP). A organização confirmou o excelente resultado em novo teste realizado no qual o hatch manteve cinco estrelas na proteção para adultos e quatro estrelas para crianças.
Mas então por que a Volkswagen resolveu tirá-lo de linha? A resposta é simples: preço e vendas! Apesar da empresa ter afirmado em nota sobre uma estratégia de renovação de seus produtos – que incluía versões com preços mais competitivos do Polo, o Up! custava caro perante os concorrentes.
Como consequência, suas vendas nunca decolaram. Em 2014, somaram-se 58.894 unidades, mas, em 2015, despencaram em 10% (53.542 exemplares) e no ano seguinte, o patamar chegou a queda de quase 40% (38.354).
Mas, com tudo isso, será que a empresa não poderia ter adotado outra estratégia e estudado um futuro mais promissor ao Up!? Confira cinco razões convincentes de que a VW deveria ter repensando em sua estratégia com o subcompacto, antes de parar de produzi-lo.
1- Desempenho esportivo e econômico
Entre as motorizações, o VW Up! contou com o tricilíndrico de 82 cv com etanol e 75 cv com gasolina e torque de 10,4 kgfm com o combustível vegetal e 9,7 kgfm com o derivado do petróleo que fazia até excelentes 13,5 km/l na cidade e 14,6 km/l na estrada com gasolina.
Melhor que essa, só a turbo – também 1.0 de 3 cilindros, mas que rende 105/101 cv e 16,8 kgfm. Lançada na linha 2015 além de desempenho superior, era mais econômica fazendo até 13,8 km/l (cidade) e 16,1 km/l (estrada) com gasolina, dependendo da versão, segundo o Inmetro.
2- Espaço interno bem aproveitado
Ao contrário do Up! europeu, o nosso se diferenciava pela tampa traseira de chapa, (o importado tinha a peça de vidro), no comprimento de até 10 cm superior (3,64 metros) e no porta-malas com 34 litros a mais, ou 285 litros. O Fiat Mobi tem 235 l e o Renault Kwid, 290 l.
Só para se ter noção, o sucessor VW Polo Track vence na capacidade do porta-malas por só 15 litros a mais. Porém, vale lembrar que o Polo é quase 14 cm maior (4,07 m), 11 cm mais largo (1,75 m). Portanto, o raciocínio nos dá o veredicto de que o Up! tem o melhor aproveitamento de espaço interno.
3- Vários itens de segurança
Todas as versões do subcompacto da VW já traziam freios ABS com distribuição eletrônica de frenagem (EBD) e alerta de frenagem de emergência (ESS) e fixação da cadeirinha de criança com sistema Isofix.
Opcionalmente, dependendo da versão, é possível contar com outros importantes itens de segurança a exemplos dos sensores de estacionamento traseiro, faróis de neblina, itens que não fazem parte na lista de opcionais do sucessor VW Polo. Tomando como exemplo a Track, o único opcional é a central multimídia VW Play.
4- Pioneiro em alguns quesitos
O VW Up!, conforme a própria marca anunciou, foi um marco para o desenvolvimento de veículos, em termos de segurança e performance. Como prova disso, ele foi o primeiro carro compacto do mercado brasileiro a atingir a nota máxima nos testes do Latin NCAP.
Soma isso ao pioneirismo na introdução de motor turboalimentado TSI produzido no mercado brasileiro capaz de oferecer alto desempenho e ao mesmo tempo baixo consumo de combustível.
5- Bem construído
A principal razão do subcompacto brasileiro da VW ter sido bem avaliado foi em razão da sua qualidade de construção. Feita sobre a então inédita e moderna plataforma NSF/PQ12, o modelo era produzido na fábrica de Taubaté (SP). Durante a produção, o Up! contava com 75% de seu peso composto por aços especiais confeccionados em altas temperaturas.
Entre as principais vantagens, garantia mais resistência e ao mesmo tempo, permitia a redução no peso final da estrutura do veículo. O hatch chegou a obter índice 10 no ranking CAR Group 2019, do CESVI Brasil, que avaliou o custo e o tempo de reparo após a colisão.
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Fonte: autoo