Os preços médios do suíno vivo e da carne suína registraram leve queda em abril na comparação com março, segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Apesar do recuo mensal, os valores seguem significativamente acima dos verificados no mesmo período do ano passado, refletindo a demanda aquecida e o bom desempenho do setor ao longo de 2025.
No mercado externo, o desempenho das exportações segue em ritmo forte. Em abril, o volume de carne suína in natura e processada embarcado foi o maior já registrado para o mês, e o terceiro maior da série histórica da Secex, iniciada em 1997. Já a receita cambial obtida foi a segunda maior da série, consolidando o bom momento das vendas internacionais do setor.
Na análise dos custos de produção, o mês de abril foi marcado por retrações nos preços dos principais insumos utilizados na suinocultura, como farelo de soja e milho. Essa queda, somada à leve desvalorização do suíno vivo, pode representar alívio para os produtores em termos de relação de troca.
No comparativo com as demais proteínas animais, a carne suína também teve destaque. Enquanto os preços do frango inteiro congelado e da carcaça bovina apresentaram alta de março para abril, a carcaça especial suína teve queda no mesmo intervalo. Com isso, a carne suína ganhou competitividade frente às concorrentes, o que pode impulsionar o consumo interno nas próximas semanas.
Fonte: cenariomt