Mato Grosso alcançou um marco histórico em 2024 ao registrar US$ 2,7 bilhões em exportações de carne e proteína animal no geral, consolidando-se como o principal produtor e exportador nacional do setor. A expectativa é que esse número cresça ainda mais com a realização do Congresso Mundial da Carne, que acontecerá pela primeira vez no Brasil, em Cuiabá, entre os dias 27 e 30 de outubro.
O evento reunirá representantes de mais de 20 países, com foco na promoção da carne bovina, suína, de caprinos, ovinos e aves. O presidente do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), Caio Penido, afirmou durante o lançamento oficial que o congresso é uma vitrine para mostrar a carne sustentável do estado, com iniciativas como a marca MT Steak, o reality show agropecuário e o projeto de lei do Passaporte Verde, que visa garantir rastreabilidade e compliance socioambiental.
“Estamos vendo o interesse crescente de compradores, principalmente da China, e o congresso será mais uma oportunidade de mostrar que a nossa carne é sustentável, rastreável e de alta qualidade. Já confirmamos a vinda de 20 representantes chineses que conhecerão de perto nossas fazendas e frigoríficos”, destacou Penido.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, reforçou que o evento acontece em um momento estratégico, pouco antes da COP 30, e será uma oportunidade para apresentar os avanços em sustentabilidade. “Vamos apresentar um dossiê mostrando que mantemos 62% do território conservado e temos uma produção de proteína animal com baixo impacto ambiental”, afirmou.
Para o presidente da Acrimat, Osvaldo Pereira, o congresso reforça a imagem de que “o boi é verde” em Mato Grosso, destacando a eficiência da defesa sanitária e da produção sem necessidade de abrir novas áreas. “Agora com o status de país livre de febre aftosa sem vacinação, podemos acessar mercados como Japão e Coreia do Sul com carne de alta qualidade e mais barata”, explicou.
Enquanto a tonelada da carne mato-grossense é vendida por cerca de US$ 5 mil a US$ 5,5 mil, os Estados Unidos exportam para o Japão por US$ 10 mil. O novo status sanitário coloca o Brasil, e especialmente Mato Grosso, em vantagem competitiva.
Silvio Rangel, presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), destacou que o congresso ocorre em um momento de crescimento industrial do estado. “Temos o maior rebanho bovino do país e uma agroindústria em expansão. O evento vai atrair especialistas e investidores, fortalecendo a industrialização e agregando valor à carne produzida aqui”, concluiu.
Fonte: cenariomt