O debate promovido pela TV Cultura com os candidatos à Prefeitura de São Paulo, na noite do domingo 15, foi marcado por uma agressão. No quarto bloco, o candidato José Luiz Datena (PSDB) arremessou uma cadeira contra o adversário (PRTB), depois de ter sido chamado de “Jack”, gíria usada em referência a acusados de estupro.
Embora seja a mais impactante, essa não foi a primeira vez que houve agressões entre candidatos. Confira algumas das maiores brigas filmadas:
O jornalista Demóstenes Nascimento, que apresentava um programa na afiliada da Rede Bandeirantes no Acre, envolveu-se em uma pancadaria com o então candidato ao Senado João Correia (PMDB-AC).
O material foi gravado e não foi ao ar. No vídeo, é possível ver o candidato insultando o apresentador: “Você é um merda de nada, rapaz…” Demóstenes revida: “Merda é você, rapaz”.
O candidato acusa o apresentador de ser ligado ao governo do Acre. “Você é um lacaio, um empregado do governo e ponto final”, afirmou Correia.
O jornalista então resolve encerrar a entrevista — e aí a briga começa. “Vamos encerrar nossa entrevista aqui, porque não dá para conversar com este cidadão”, disse. “Corta.”
Naquela eleição, João Correia foi o menos votado entre os quatro candidatos ao Senado, com 18,21% dos votos.

O candidato do Psol à Prefeitura de Teresina, Francinaldo Leão, do atual prefeito Dr. Pessoa (PRD) durante um debate promovido pela TV Bandeirantes.
O incidente ocorreu depois de Pessoa ser indagado sobre a situação da saúde pública na cidade. Apesar da agressão, o debate continuou sem novas interrupções e os dois prosseguiram no estúdio.
Assim que o debate terminou, Francinaldo foi até a 12ª Delegacia da Polícia Civil do Piauí e registrou uma denúncia de lesão corporal.

Durante as eleições presidenciais de 1994, a entrevista no programa Roda Viva com o então candidato Orestes Quércia virou um bate-boca.
Quércia foi interpelado pelo jornalista Rui Xavier, do jornal O Estado de S. Paulo, sobre as acusações de enriquecimento ilícito que pesavam contra ele.
O repórter mencionou que o candidato constantemente culpava a imprensa e o PT pelas acusações, mas seguia sem dar explicações.
Quércia, por sua vez, rebateu imediatamente e disse que o Estadão fazia campanha difamatória contra ele.
A discussão escalou para troca de insultos. Quércia chamou Xavier de “safado”, e o jornalista respondendo da mesma forma.
O clima ficou tão tenso que a troca de ofensas só foi interrompida com a entrada do intervalo comercial.
Fonte: revistaoeste