Desde 2017, pecuaristas e técnicos têm à disposição o Calendário de Manejos Reprodutivos, Sanitários e Zootécnicos. Com a chegada das chuvas, o produtor se prepara para a estação de montagem e os pesquisadores da Embrapa (Campo Grande-MS) e da Universidade Brasil (SP) pensaram justamente, por meio dessa ferramenta, em associar as atividades da fazenda com as recomendações técnico-científicas dos especialistas.
O calendário tem a estação reprodutiva como marco inicial. Do exame andrológico dos machos até o diagnóstico final da gestação com o descarte das matrizes, é possível planejar todas as atividades de manejo animal da propriedade, e assim, “incrementar os índices produtivos e reprodutivos dos rebanhos”, afirma a pesquisadora Vanessa Felipe. Ela é idealizadora do material ao lado de Danila Fernanda Rodrigues Frias, João Batista Catto, Pedro Paulo Pires, Paula Barbosa Miranda, Luiz Otávio Campos da Silva (in memorian) e Cleber Soares.
As doenças reprodutivas, muitas vezes negligenciadas, constam no calendário, e um olhar cuidadoso para com a saúde das fêmeas. Com os bezerros, é importante acompanhar o tratamento do umbigo, a ingestão do colostro, as vacinas neonatais e, se possível, identificá-los adequadamente.
Após isso, segundo Felipe, segue a programação de vacinas contra as principais doenças que afetam os rebanhos e o controle estratégico contra carrapatos e moscas, disposto em uma solução diferenciada por núcleos e lotes para facilitar a organização.
Para isso, a médica-veterináia explica que o calendário é dividido por categorias animais – materno, desmama, pós-desmama e sobreano e também por touros e matrizes. Para cada mês do ano, há uma ou mais atividades programadas.
Outra facilidade é a especificidade do calendário. Impresso ou digital, em celular ou desktop, o produtor tem várias versões à mão e todos passíveis de customização, de acordo com a realidade da propriedade rural.
Além da Universidade Brasil, a construção do Calendário de Manejos teve o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico ( CNPq ), da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul ( Funect ) e do Programa Embrapa-Geneplus.
Fonte: cenariomt