A ocorrência de doenças imunossupressoras exerce efeito devastador no sistema de produção de proteína animal. Dentre elas, a doença infecciosa da bursa (DIB), mais conhecida como doença de Gumboro, é apontada como a enfermidade que tem demandado mais recursos técnicos e econômicos da indústria avícola para seu controle e prevenção.
“As aves afetadas com o vírus de Gumboro sofrem imunossupressão, respondem deficientemente às vacinações, assim como desenvolvem maior susceptibilidade a todo tipo de doença infecciosa”, esclarece o médico-veterinário e Gerente técnico, Eduardo Muniz.
A doença de Gumboro é causada por um vírus altamente resistente presente no ambiente de criação, que ataca aves jovens de três a sete semanas de idade. É altamente contagiosa e possui grandes taxas de mortalidade registradas. Os sintomas são falta de apetite, diarreia acentuada, depressão, desidratação e desuniformidade no plantel.
A importância de controlar a diarreia neonatal nos rebanhos
Segundo a Zoetis, empresa especialista em saúde animal, a doença repercute em prejuízos econômicos significativos para a indústria avícola, como perda em desempenho zootécnico, elevação da mortalidade e aumento de condenações no frigorífico. Portanto, onde a doença está presente, a vacinação é fundamental.
“Com a aplicação da vacina logo nos momentos iniciais da vida da ave, o antígeno que cria imunidade encontra-se ligado a anticorpos específicos que o protegem contra a neutralização causada pelos anticorpos maternos. À medida que a imunidade passiva decresce, ocorre liberação gradual da cepa V877, que coloniza a bolsa de Fabrício, alvo da doença, e induz a resposta imune ativa”, explica Muniz.
Fonte: canalrural