O Brasil saiu oficialmente do Mapa da Fome da ONU, segundo anunciou nesta segunda-feira (28) o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias. A conquista foi apresentada durante a 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU (UNFSS+4), realizada em Adis Abeba, na Etiópia.
Segundo o ministro, o resultado é fruto de um trabalho conjunto entre 24 ministérios, com mais de 80 ações articuladas. O plano que coordenou essas medidas foi o Brasil Sem Fome, que buscou combater a insegurança alimentar com políticas públicas robustas e atuação direta em áreas vulneráveis.
“Sair do Mapa da Fome mostra o quão impactante é o resultado do trabalho do governo do Brasil em 2023 e 2024, que conseguiu reduzir a desnutrição no nosso país para menos de 2,5% da população”, afirmou Dias. A meta inicial era alcançar esse resultado apenas em 2026.
O Mapa da Fome é um indicador da ONU que aponta os países com insegurança alimentar crônica, ou seja, onde uma parcela significativa da população não tem acesso regular a alimentos suficientes para uma vida saudável.
Wellington Dias destacou que a saída do Brasil do mapa está ligada a medidas como valorização do salário mínimo, fortalecimento da agricultura familiar, ampliação da alimentação escolar, geração de emprego e renda, além do aperfeiçoamento no cadastro de beneficiários dos programas sociais.
“Integramos essa missão de tirar a pessoa da fome com um conjunto de medidas para a superação da pobreza”, explicou.
Essa é a segunda vez que o país sai do Mapa da Fome — a primeira foi em 2014. No entanto, segundo o ministro, houve um retrocesso nos anos seguintes, especialmente durante o governo anterior, com o desmonte de programas sociais e o retorno ao cenário crítico em 2021.
O ministro defende que justiça alimentar é base para a soberania de um país. Ele comparou a atuação do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional ao papel fundamental do SUS durante a pandemia.
Como próxima etapa, o governo prepara o lançamento de uma nova fase do Plano Brasil Sem Fome, com foco na busca ativa por famílias em situação de vulnerabilidade, a partir de cruzamento de dados e ações presenciais nos territórios mais afetados.
Fonte: cenariomt