Em 2023, foram registrados 2,9 milhões de casos de dengue no Brasil, que se tornou o país com mais casos da doença no mundo, segundo um estudo realizado pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
![Brasil Lidera Casos De Dengue Em 2023, Com Quase 3 Milhões De Registros 2 Brasil foi o país com mais casos de dengue no mundo em 2023, segundo a OMS. (Foto: Ilustrativa)](https://media.primeirapagina.com.br/pp-prod-container/2023/12/Copia-de-Copia-de-Design-sem-nome-2023-12-12T095723.501.jpg)
Dengue no Brasil
Os casos em solo brasileiro são mais da metade dos 5 milhões registrados mundialmente. Diante disso, a OMS chama atenção para o fato de que a doença está se espalhando em locais onde, historicamente, não circulava mais.
Em 2023, foram 5 mil mortes por dengue. Os dados são referentes ao período de 1º de janeiro e 11 de dezembro.
Dentre as razões para o aumento nos casos, está a crise climática, como o fenômeno El Niño, que tem elevado a temperatura mundial, permitindo que o mosquito transmissor da dengue – o Aedes Aegypti – sobreviva em ambientes onde antes não conseguia.
![Brasil Lidera Casos De Dengue Em 2023, Com Quase 3 Milhões De Registros 3 Rondonópolis registrou mais de 2 mil casos de dengue de janeiro a outubro deste ano. (Foto: SES-MT/Ilustrativa)](https://media.primeirapagina.com.br/pp-prod-container/2023/11/DENGUE-ILUSTRATIVA-SES-MT.jpg)
A maior parte dos registros – 80% ou equivalente a 4,1 milhões dos casos – foram nas Américas, seguidas pelo Sudeste Asiático e Pacífico Ocidental. Fazendo parte das Américas, o Brasil concentro a maior parte dos casos, seguido por Peru e México.
Do total de casos no país, 1.474, ou 0,05% foram de dengue grave, também conhecida como dengue hemorrágica. Isso fez o Brasil ser a segunda região com maior número de casos mais graves, ficando atrás somente da Colômbia, com 1.504 casos.
França, Itália e Espanha são países que, anteriormente, estavam livres da dengue. Porém, neste ano, registraram casos de infecções pela doença originadas no país – a chamada transmissão autóctone – e não no estrangeiro.
Alerta aos cidadãos
Vale lembrar que cerca de 74% das larvas do mosquito são encontradas próximas às residências e no entorno das casas, principalmente em períodos chuvosos. No período de vida, o mosquito pode picar até 300 pessoas, ampliando os casos da doença.
O calor seguido de chuva é o cenário ideal para proliferação, já que o inseto precisa de água para pôr seus ovos e se multiplicar. Por isso, tudo o que pode acumular água tem que ser eliminado lixo, garrafas, pneus, tudo!
![Pneu-Em-Casa 2025 word2](https://media.diadeajudar.com.br/wp-content/uploads/2023/12/25150412/pneu-em-casa.jpg)
Veja abaixo os principais sintomas da dengue:
- Febre alta;
- dor no corpo e articulações;
- dor atrás dos olhos;
- mal estar;
- falta de apetite;
- dor de cabeça;
- manchas vermelhas no corpo.
Para evitar a infestação de mosquitos, o Ministério da Saúde explica que é necessário eliminar os criadouros, mantendo os reservatórios e qualquer local que possa acumular água totalmente cobertos com telas, capas ou tampas.
Por isso, o cuidado de cada cidadão é de extrema importância para diminuir os casos, fazendo a limpeza das calhas do imóvel, dos terrenos, evitar o descarte irregular de lixo e recipientes que juntem água com potencial de se tornar criadouros do mosquito.
Vacina
A vacina contra a dengue foi incorporada ao SUS (Sistema Único de Saúde) nesta quinta-feira (21), pelo Ministério da Saúde. Dessa forma, apesar da quantidade de casos, o Brasil se torna o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal.
Conhecida como Qdenga, a vacina não será disponibilizada em larga escala em um primeiro momento, mas será focada em público e regiões prioritárias. A incorporação do imunizante foi analisada e aprovada pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS).
Ainda segundo o Ministério, o PNI (Programa Nacional de Imunizações) trabalhará em parceria com a CTAI (Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização) para definir a melhor estratégia de utilização do quantitativo disponível, como público-alvo e regiões com maior incidência da doença para aplicação das doses. A definição dessas estratégias deve ocorrer nas primeiras semanas de janeiro.
Dengue em Mato Grosso
Mato Grosso registrou uma diminuição de cerca de 20% nos casos de dengue nos 11 primeiros meses de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Mas, a dengue ainda é uma preocupação no Estado, pois algumas cidades como Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis, a 218 km da Capital, os casos deste ano ultrapassam os de 2022.
Nos 11 primeiros meses deste ano, o Estado registrou 27.105 casos de dengue, contra 34.071 no mesmo período do ano passado, segundo o boletim divulgado pela SES-MT.
Sobre os casos notificados em relação à dengue, foram 55.523 no ano passado e 44.612 neste ano, ainda de acordo com o boletim.
Em Cuiabá, o número de casos saltou de 766 para 1.323 no período analisado. Já em Várzea Grande, região metropolitana, o aumento foi de 240 casos para 833, enquanto em Rondonópolis, os registros subiram de 272 para 2.351.
Quanto às mortes causadas pelo mosquito Aedes Aegypti – mosquito transmissor da dengue – foram 19 registros no ano passado e 21 casos fatais nos 11 primeiros meses de 2023.
Dos 142 municípios de Mato Grosso, 99 estão classificados como sendo de alto risco para ocorrências de dengue, dentre eles, Rondonópolis.
Fonte: primeirapagina