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Boxeadora italiana desiste apĂłs 46 segundos contra lutadora trans em luta de MMA: entenda o caso

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Uma luta de boxe feminino na OlimpĂ­ada de Paris acabou em 46 segundos por desistĂȘncia. A boxeadora italiana Angela Carini desistiu da luta depois de sofrer um golpe — que pode ter fraturado seu nariz — de Imane Khelif, boxeadora argelina transexual.

A presença de Imane Khelif jĂĄ havia levantado controvĂ©rsia. O ComitĂȘ OlĂ­mpico Internacional (COI) foi pressionado a explicar como permitiu que uma mulher entrasse em um ringue de boxe sem que se tivesse certeza do sexo da pessoa que estaria enfrentando.

Khelif jĂĄ havia sido proibida de competir em uma luta pela medalha de ouro em DĂ©lhi pela Associação Internacional de Boxe, que, na Ă©poca, alegou que os “nĂ­veis elevados de testosterona da lutadora nĂŁo atendiam aos critĂ©rios de elegibilidade”.

Mesmo assim, Khelif foi autorizada pelo COI a lutar na Olimpíada de Paris. 

A disparidade de força ficou clara desde o início, com a italiana levando um soco no rosto e imediatamente caminhando para seu canto para sinalizar que estava desistindo.

Um vídeo com a luta em cùmera lenta também foi postado no Twitter/X.

Na área de entrevistas, Carini afirmou, em lágrimas, que “nunca havia levado um soco tão forte”. Nem Khelif e nem o COI ainda se posicionaram sobre a luta.

Boxeadora italiana e boxeadora argentina trans
Juiz Anuncia Vitória Da Boxeadora Argelina Transexual Imane Khelif | Foto: Reprodução/Twitter/X

Mark Adams, porta-voz do COI, disse antes da luta desta quarta-feira, 1Âș, que “essas boxeadoras [transexuais] sĂŁo totalmente justificadas. Elas sĂŁo mulheres em seus passaportes. NĂŁo Ă© Ăștil começar a estigmatizar assim. Todos nĂłs temos a responsabilidade de nĂŁo transformar isso em algum tipo de caça Ă s bruxas”.

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Nova luta contra boxeadora trans

Outra luta estĂĄ agendada para quinta-feira 2 com outra boxeadora trans. Trata-se de Lin Yu-Ting, representando Taiwan, ou o Taipei ChinĂȘs. Lin tambĂ©m foi desqualificada pela Associação Internacional de Boxe (IBA) depois de falhar em um “teste de gĂȘnero” em março de 2023.

Outras lutadoras tĂȘm feito crĂ­ticas leves e permitidas por terem de enfrentar homens biolĂłgicos no ringue.

Uma ex-oponente de Khelif, Brianda Tamara, afirmou que “graças a Deus saĂ­ em segurança” depois de enfrentar a boxeadora trans em dezembro de 2022, trĂȘs meses antes de Khelif tambĂ©m falhar em um “teste de gĂȘnero” que alegou a presença do cromossomo XY.

A força e a rapidez de Khelif, um homem biolĂłgico, podem ser observadas em uma luta que travou contra uma mexicana em dezembro de 2022, trĂȘs meses antes de falhar em um “teste de gĂȘnero”. 

A capitĂŁ de boxe australiana Caitlin Parker tambĂ©m rotulou a permissĂŁo de Khelif lutar como “incrivelmente perigosa”, embora o treinador de boxe australiano Santiago Nieva tenha dito que Khelif pudesse ser enfrentada.

Fonte: revistaoeste

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