O ex-presidente comentou a participação do filme Ainda Estou Aqui na disputa pelo . Em entrevista ao jornalista Leo Dias, na última terça-feira, 25, ele disse que “brasileiro ganha em qualquer lugar” ao ser questionado se torce pela premiação do longa e de sua protagonista, Fernanda Torres, que concorre à categoria de melhor atriz.
Dirigido por Walter Salles, Ainda Estou Aqui disputa as categorias de melhor filme internacional e melhor filme. Bolsonaro disse que não assistiu ao filme, por falta de tempo. Durante a entrevista, o ex-presidente focou nas questões políticas que envolvem a produção.
“O filme tinha que começar comigo”, afirmou, em referência ao período em que a família de Rubens Paiva foi vizinha de Bolsonaro, antes dos eventos narrados no filme. “Família Paiva, você tem que falar em Eldorado Paulista, a minha cidade”, disse o ex-presidente. “Você tem que falar em maio de 1970, quando passou o Lamarca na cidade.”
O guerrilheiro Carlos Lamarca, do grupo Vanguarda Armada Revolucionária Palmares, tinha uma base na fazenda vizinha à propriedade dos Paiva. “Por que o Lamarca achou aquele lugar de guerrilha?”, questionou Bolsonaro. “Pode ser que não tenha nada a ver com o Rubens Paiva, mas é muito difícil não ter, tendo em vista a base de guerrilha naquela cidade.”
Jair Bolsonaro conta na entrevista que a família era muito rica e tinha uma plantação de tangerinas na região. Ele era criança na época dos acontecimentos.
O ex-presidente criticou um comentário de Fernanda Torres sobre seu governo. A atriz disse que não seria possível fazer o filme durante seu mandato. “Eu proibi alguém de fazer alguma coisa? Eu cancelei a concessão de alguém?”
Bolsonaro disse que sua gestão fez ajustes na , mas frisou que Ainda Estou Aqui não recebeu dinheiro da lei federal. “Eu não sei por que ela fala isso aí”, disse o ex-presidente. “Eu não persegui ninguém.”
Fonte: revistaoeste
