A (FPA) criticou as medidas do governo Luiz Inácio Lula da Silva para reduzir o preço dos alimentos. Em nota oficial, o grupo afirmou que zerar o imposto de importação de produtos como café, milho e carne é uma solução ineficaz. Para os parlamentares ligados ao agronegócio, a colheita da safra e a redução dos custos de produção seriam alternativas mais eficientes.
A FPA responsabilizou o governo pelo aumento dos custos no setor agrícola. A nota destacou que o problema está no desequilíbrio fiscal, que encarece a produção e impulsiona a inflação. Segundo a entidade, transferir o ônus da crise fiscal para os produtores rurais não resultará em alimentos mais baratos nem em uma cadeia produtiva sustentável.
Composta de 340 parlamentares, sendo 290 deputados, a FPA cobrou uma resposta do governo sobre propostas estruturais para o setor. O grupo apresentou ao e à um conjunto de medidas de curto e médio prazo para conter a inflação. Além disso, exigiu o início das discussões sobre o Plano Safra 25/26, com garantia de recursos integrais.
O presidente da FPA, deputado federal (PP-PR), quer que o governo adote uma política fiscal sólida e invista em infraestrutura. Entre as medidas sugeridas pela entidade estão a desburocratização alfandegária para agilizar a liberação de mercadorias e a revisão da tributação sobre fertilizantes e defensivos agrícolas.
A FPA reforçou que a solução para a alta dos preços passa por medidas estruturais e não por intervenções pontuais. O embate entre o setor e o governo deve continuar, com impacto direto nas políticas agrícolas e no cenário econômico nacional.
A redução mais eficiente para combater a inflação de alimentos é a colheita da safra brasileira que ocorre nos próximos meses e a correção de ações que impactam diretamente o custo de produção no Brasil. Importante registrar:
1. O problema da inflação não é a oferta de alimentos. O governo federal tenta criar a narrativa de buscar soluções, quando o problema está concentrado no seu próprio desequilíbrio fiscal, responsável por onerar os custos e por alavancar a inflação;
2. Não é transferindo o ônus de bancar o desequilíbrio do gasto público do governo para os produtores rurais que teremos uma comida mais barata e uma produção economicamente viável;
3. As medidas apresentadas pelo governo federal, nesta quinta-feira, 6, são pontuais e ineficazes para efeito imediato, especialmente quando se gasta recurso interno ao zerar impostos para produtos importados, sem garantir o reforço ao apoio da produção brasileira;
4. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) ressalta a necessidade de iniciar as tratativas do novo Plano Safra 25/26, com a garantia de implantação total de recursos, do acesso pleno e com juros adequados aos produtores rurais brasileiros; e
5. Aguardamos ainda um retorno do governo federal sobre as medidas estruturantes de curto e médio prazo apresentadas pela FPA, em conjunto com o setor produtivo nacional, na última sexta-feira, 28, ao Ministério da Fazenda e à Casa Civil.
Fonte: revistaoeste