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Aumento de 44% no número de bolsas da CAPES na Amazônia Legal

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Em quatro anos, o número de bolsas da CAPES/MEC aos programas de pós-graduação stricto sensu dos estados que integram a Amazônia Legal aumentou 44,3%. De 2020 a 2024, o quantitativo de benefícios subiu de 5.368 para 7.748. No mestrado, passou de 2.990 para 4.226; no doutorado, de 2.016 para 3.035; e no pós-doutorado, de 362 para 487.

Neste período, o investimento em concessão de bolsas dobrou. Cresceu de R$ 104,8 milhões para R$ 200,7 milhões. Os dados foram apresentados no Fórum Regional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (Foprop) da Amazônia Legal, realizado em Brasília de 24 a 26 de setembro. A CAPES/MEC também destinou, em 2025, R$ 14,9 milhões em recursos de custeio.

Fazem parte da Amazônia Legal os estados do Pará, Amazonas, Mato Grosso, Tocantins, Acre, Amapá, Roraima, Rondônia e Maranhão. Atualmente, há 27.533 pós-graduandos nos cursos de mestrado e doutorado da região, e 7.547 mestres e doutores foram titulados no ano passado.

Para o diretor de Programas e Bolsas da CAPES/MEC, Luiz Pessan, que apresentou os dados, os investimentos fazem parte da política da agência de contribuir para redução das assimetrias regionais na pós-graduação. “A CAPES/MEC está comprometida em fortalecer a pós-graduação, ampliar a excelência acadêmica com equidade e contribuir de forma decisiva para o futuro sustentável e para a consolidação do Sistema Nacional de Pós-Graduação”, afirmou.

O diretor destacou que está em fase de elaboração pela Coordenação o Programa Rede de Pesquisa e Desenvolvimento da Amazônia Legal, com objetivo de formar e fixar mais mestres e doutores na região, incentivar internacionalização e valorizar conhecimento local. O edital engloba áreas prioritárias como bioeconomia, energias renováveis, saúde pública, educação, segurança, mudanças climáticas, diversidade cultural e integração de saberes científicos e tradicionais.

Nova geografia da ciência

Ao participar do Fórum, o diretor de Avaliação da CAPES/MEC, Antonio Gomes de Souza Filho, destacou que os investimentos na Amazônia mudaram a geografia da ciência e da formação de mestres e doutores no Brasil. “Hoje temos grupos de pesquisa com protagonismo e inserção no cenário internacional em todas as regiões, com pesquisadores trabalhando em temas do próprio território, ciência feita na Amazônia para a Amazônia”, enfatizou. O número de programas de pós-graduação na região aumentou 61% nos últimos 10 anos, um percentual que é o dobro do crescimento no país.

O diretor lembrou que atualmente a instituição que mais produz pesquisa sobre a Amazônia é a Universidade Federal do Pará (UFPA), mas há alguns anos essa produção era externa ao país ou à região. “Estamos em outro patamar e agora temos que caminhar para que todas as instituições de cada estado continuem ampliando seu protagonismo para não reforçar uma assimetria dentro da região”, reforçou. “Temos que fortalecer ou remodelar as estratégicas para acelerar esse processo, gerar conhecimento relevante no cenário internacional e principalmente o estratégico e de nosso interesse para assegurar nossa soberania científica”, acrescentou.

Os debates do Fórum foram coordenados pela pró-reitora de pós-graduação e pesquisa da Universidade Federal do Acre, Margarida Cardoso, que é a dirigente do Foprop da Região Norte. Também participaram das discussões representantes da Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Por: CGCOM/CAPES

Fonte: cenariomt

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