Economia

Arrecadação atinge recorde de R$ 230 bilhões em maio, divulgado pela Receita Federal

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A arrecadação federal atingiu R$ 230,152 bilhões em maio de 2025, registrando o maior valor para o mês desde o início da série histórica da Receita Federal, em 1995. O montante representa um aumento real de 7,66% em comparação a maio de 2024, já descontada a inflação.

Do total arrecadado, R$ 223,8 bilhões foram administrados pela Receita, provenientes de tributos como Imposto de Renda, contribuição previdenciária, IPI, IOF e PIS/Cofins. Outros R$ 6,4 bilhões foram arrecadados por diferentes órgãos, incluindo receitas de royalties e depósitos judiciais.

O acumulado de janeiro a maio de 2025 também foi recorde, somando R$ 1,191 trilhão, com crescimento real de 3,95% frente ao mesmo período de 2024.

Na comparação com abril de 2025, houve queda de 7,33%. No entanto, a Receita destaca que comparações mais precisas devem considerar o mesmo período do ano anterior, para evitar distorções sazonais.

A publicação dos dados marca a retomada da divulgação regular após o fim da greve dos servidores do órgão, encerrada neste mês. A paralisação havia começado em novembro de 2024.

Fatores que impulsionaram a arrecadação

A Receita Federal apontou alguns motivos para o desempenho expressivo em maio:

  • Indicadores macroeconômicos favoráveis, como o crescimento da atividade econômica e da massa salarial;
  • Postergação de tributos no Rio Grande do Sul em 2024, devido às enchentes, o que reduziu artificialmente a base de comparação;
  • Alta na arrecadação de IR retido na fonte em investimentos de renda fixa, beneficiados por juros elevados;
  • Crescimento nas receitas do comércio exterior, com aumento da taxa de câmbio e da participação de produtos com alíquotas mais altas nas importações.

A Receita esclareceu que não houve aumento das alíquotas do imposto de importação, mas sim uma mudança no perfil dos produtos importados, favorecendo os que possuem carga tributária maior.

Receita específica da RFB

A arrecadação diretamente administrada pela Receita cresceu 8,02% em relação a maio de 2024. Sem considerar eventos atípicos ocorridos no ano passado, como a postergação de tributos e mudanças em regras de investimentos no exterior, o crescimento seria de 6,18%.

Instituições financeiras contribuíram com R$ 23 bilhões, um aumento de 25,21% na comparação com maio do ano anterior.

Apostas virtuais impulsionam crescimento

Um dos destaques de maio foi a arrecadação com apostas esportivas e jogos de azar, que saltou de R$ 4 milhões em maio de 2024 para R$ 814 milhões em 2025 — um aumento de cerca de 23.000%. O crescimento é resultado da regulamentação do setor, que passou a valer este ano.

Segundo o auditor fiscal Claudemir Malaquias, o novo modelo de tributação de apostas de cota fixa entrou em vigor em fevereiro. No acumulado do ano, a arrecadação com essas atividades cresceu mais de 40.000%, passando de R$ 7 milhões para R$ 3 bilhões.

Para Malaquias, o comportamento da arrecadação mantém “a trajetória ascendente do fim de 2024”, sinalizando consistência no desempenho das receitas federais neste primeiro semestre de 2025.

Fonte: cenariomt

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