Arizona propõe fim do limite de velocidade em algumas rodovias
Conheça a Lei RAPID: projeto no Arizona quer eliminar limites de velocidade em rodovias rurais, inspirado nas Autobahns alemãs. Veja os critérios e a polêmica.
As vastas e retas estradas do Arizona, nos Estados Unidos, podem estar prestes a passar por uma transformação radical. Um novo projeto de lei, apresentado em 15 de dezembro de 2025 pelo deputado Nick Kupper, propõe a criação de zonas onde o limite de velocidade seria totalmente removido durante o dia.
Batizada de Lei RAPID (Reasonable and Prudent Interstate Driving), a legislação sugere que, em trechos rurais específicos, os motoristas tenham a liberdade de decidir qual velocidade é “razoável e prudente” para as condições da via. À noite, a proposta estabelece um limite de 130 km/h (80 mph) como margem de segurança.
Kupper baseou seu projeto (HB2059) no sistema das Autobahns alemãs e em estudos do estado de Montana. Segundo o deputado, pesquisas indicam que 83% dos motoristas tendem a se manter naturalmente em torno de 124 km/h (77 mph), velocidade em que se sentem confortáveis e seguros.

O argumento central é que, sem limites rígidos, os motoristas tendem a dirigir em velocidades mais próximas uns dos outros, o que reduziria as variações bruscas de ritmo e, consequentemente, o risco de colisões.
Critérios rigorosos para a “liberdade”
A Lei RAPID não transformará todas as estradas em pistas de corrida. Para um trecho ser elegível ao programa piloto (previsto inicialmente para a Interestadual 8), ele deve cumprir requisitos estritos:
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Localização: Estar fora de áreas urbanas com mais de 50 mil habitantes.
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Segurança: Ter uma taxa de acidentes abaixo da média estadual nos últimos cinco anos.
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Infraestrutura: Possuir condições de asfalto e sinalização aprovadas pelas autoridades de transporte.
Controvérsia e reações
Apesar dos argumentos técnicos, a proposta divide opiniões. Enquanto entusiastas de carros celebram a possibilidade de acelerar sem medo de multas, muitos moradores locais demonstram ceticismo. Em entrevistas recentes, motoristas classificaram a ideia como “loucura”, expressando preocupação com a segurança em um país com cultura de direção diferente da alemã.
O texto da lei reforça que a responsabilidade final é do condutor: dirigir acima do que for considerado “prudente” para o momento ainda poderá resultar em punições caso coloque terceiros em risco.
Você acredita que os motoristas teriam maturidade para dirigir sem limites de velocidade ou o resultado seria um aumento no número de acidentes? Comente sua opinião!
Escrito por
Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.
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Fonte: garagem360






