O governo da Argentina anunciou nesta terça-feira, 13, uma redução significativa nos impostos sobre a importação de produtos eletrônicos. Celulares, televisores e aparelhos de ar condicionado estão entre os itens que terão queda nas tarifas.
Em coletiva de imprensa, o porta-voz presidencial Manuel Adorni informou que, na primeira etapa, as tarifas de importação cairão para 8%, com efeito imediato. A partir de 15 de janeiro, esses tributos serão eliminados por completo.
Além disso, os impostos internos sobre celulares, televisores e aparelhos de ar condicionado importados serão reduzidos de 19% para 9,5%. No caso dos mesmos produtos fabricados em , a alíquota cairá de 9,5% para 0%.
Adorni afirmou que a diferença de preços entre a Argentina e outros países é “absurda”. “Hoje, um celular com tecnologia 5G custa o dobro do que no Brasil e nos EUA”, destacou. “É tão ridícula a situação que havia gente pagando passagem de avião e hospedagem para comprar algo tão básico quanto um celular em outro país.”
Preços na Argentina são o dobro dos praticados no exterior
Como exemplo, citou o fato de que um iPhone de última geração custa US$ 2,5 mil na Argentina, enquanto em Madri sai por US$ 1,2 mil; em Santiago, no Chile, por US$ 1,147 mil; em Londres, por US$ 1,143 mil; e em Nova York, por US$ 1,1 mil.
No caso dos computadores, um modelo que custa US$ 1,9 mil na Argentina sai por US$ 966 no . Segundo o porta-voz, a expectativa é que os preços dos eletrônicos importados caiam “no mínimo 30%”, e se aproximem dos valores praticados nos países vizinhos.

Ele acrescentou que a medida também deve coibir o contrabando e o roubo de celulares — efeito semelhante ao que ocorreu, segundo ele, com o mercado de peças automotivas, depois da redução de impostos e a desregulamentação das importações no setor.
“A grana que o Estado rouba dos argentinos por meio de impostos precisa voltar ao bolso da população”, disse Adorni. Ele afirmou ainda que o governo federal já reduziu 19 tributos, o que representa o equivalente a 2 pontos porcentuais do Produto Interno Bruto (PIB).
Fonte: revistaoeste