Sophia @princesinhamt
Autoajuda

Aprenda como superar padrÔes amorosos repetitivos e descubra a verdadeira lealdade familiar

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VocĂȘ sabia que repetir problemas amorosos Ă© forma inconsciente de lealdade? Ao contrĂĄrio do que muitos pensam, nĂŁo basta que exista amor para garantir o ĂȘxito e o bem-estar numa relação afetiva.

Isso porque existem crenças, medos, traumas, lealdades e padrÔes comportamentais inconscientes (saiba mais aqui) que acabam criando dificuldades na relação entre o casal e impedem que um esteja, de fato, disponível para o outro na relação.

Pelas mesmas razÔes, também não basta que uma pessoa solteira diga que deseja ter um par para que ela esteja realmente disponível para um novo relacionamento.

ExperiĂȘncias vividas e fatos difĂ­ceis ocorridos ao longo da histĂłria de vida pessoal ou de geraçÔes anteriores podem estar por trĂĄs dessas dificuldades e talvez por isso vocĂȘ insista em repetir problemas amorosos.

No Ăąmbito da Constelação Familiar – tĂ©cnica que trata de conflitos e desordens nas famĂ­lias e nas relaçÔes humanas –, chamamos essas amarras de “emaranhamentos sistĂȘmicos”, ou seja, dinĂąmicas inconscientes que fazem alguĂ©m estar atado a pessoas e histĂłrias de sofrimento do passado.

A seguir, aprofundaremos este tema, a partir da visão da Constelação Familiar (saiba tudo aqui), para entender por que repetir problemas amorosos é forma inconsciente de lealdade à família?.

Pessoas se mantĂȘm leais Ă s famĂ­lias

Isso acontece como consequĂȘncia da consciĂȘncia moral, conforme observaçÔes do psicoterapeuta alemĂŁo Bert Hellinger. Essa consciĂȘncia nos mantĂ©m leais, de forma inconsciente, a destinos, histĂłrias e padrĂ”es de comportamento vivenciados em nosso sistema familiar.

Nos meus atendimentos, por exemplo, Ă© muito comum mulheres que chegam com dificuldades para se relacionar terem crenças do tipo: “os homens nĂŁo sĂŁo confiĂĄveis” ou “os homens sĂŁo fracos”.

SĂŁo mulheres que na infĂąncia ou adolescĂȘncia testemunharam suas mĂŁes ou avĂłs sofrerem devido Ă  infidelidade de maridos, ou passaram a vida ouvindo essas mulheres criticarem seus companheiros.

Quando adultas, se comportam como se dissessem: “se minha mĂŁe sofre por nĂŁo ter tido sorte nos relacionamentos, ou por ter sido traĂ­da pelo meu pai, entĂŁo eu tambĂ©m nĂŁo posso ser feliz. Preciso segui-la no sofrimento e na infelicidade”.

Assim, ao repetirem o mesmo destino de suas mĂŁes ou avĂłs, ou seja, atraindo muitas vezes homens que as abandonam ou as traem, essas filhas e netas se sentem infelizes, porĂ©m, de boa consciĂȘncia.

É tambĂ©m bastante comum que essas filhas direcionem sentimentos de raiva e frustração — que essas mulheres anteriores sentiram pelos seus maridos (e que muitas vezes nĂŁo puderam expressĂĄ-los, ou nĂŁo puderam se separar deles, por dependĂȘncia financeira) — aos cĂŽnjuges atuais.

Ou seja, vingam-se dos homens em nome de suas ancestrais.

Por que repetir problemas amorosos Ă© forma de lealdade

Na verdade, essa repetição Ă© uma forma inconsciente de amor e lealdade ao sistema familiar. A pessoa sente, sem saber bem o porquĂȘ, uma obrigação de ter que carregar o que os outros membros sofreram ou ficaram devendo ao grupo familiar.

Ela passa a ficar vinculada às histórias alheias, desenvolvendo sentimentos de raiva, reivindicação, indignação, menos valia, inferioridade ou incapacidade, que, no fundo, não pertencem a ela, são adotados de outros membros, por amor cego ao sistema familiar.

E Ă© justamente essa lealdade sistĂȘmica, em forma de consciĂȘncia moral, que limita a entrega Ă  vida.

Voltando aos exemplos anteriores, se a filha tiver um relacionamento exitoso, vai se sentir obviamente muito feliz, mas tambĂ©m de mĂĄ consciĂȘncia, pois estĂĄ indo contra um padrĂŁo familiar.

A cura e a reconciliação estĂŁo alĂ©m dessa consciĂȘncia moral.

A solução será escolher, de forma consciente, fazer diferente — e isso muitas vezes implica em carregar e suportar uma culpa.

Como parar de repetir problemas amorosos

Para poder se libertar desses “emaranhamentos sistĂȘmicos” e de fato conseguir fazer diferente, Ă© preciso, antes de mais nada, entrar em sintonia com o prĂłprio destino.

Bert Hellinger, no livro “O Amor do Espírito” (Ed. Atman), diz: “Destino significa que nos encontramos inseridos em uma família específica, na qual ocorreram certos acontecimentos que determinam os destinos daqueles que vem depois”.

Sendo assim, precisamos identificar onde esse destino se inicia. Para isso, ajuda muito fazer perguntas aos pais e avós para entender melhor a história das geraçÔes passadas e se hå padrÔes repetitivos na família.

Uma sessĂŁo de Constelação Familiar, alĂ©m de trazer Ă  luz esses padrĂ”es e identificar quando e onde se originaram, ajudarĂĄ vocĂȘ a se confrontar com esse destino:

  • Primeiro, concordando com ele, ou seja, alinhando-se Ă s forças que o dirigem e que tambĂ©m dirigem o seu par;
  • Segundo, honrando e respeitando tudo o que passou, sem julgamentos. Somente esse olhar amoroso pode desfazer emaranhamentos.

Exercício de Constelação Familiar

O exercĂ­cio abaixo ajuda vocĂȘ a honrar o destino das antigas geraçÔes e foi baseado no livro “O Amor que Nos Faz Bem”, de Joan Garriga. Siga o passo a passo:

  1. Sentado em uma cadeira, em um ambiente tranquilo e silencioso, feche seus olhos e descruze as pernas.
  2. Faça algumas respiraçÔes profundas e, em seguida, busque um ponto de equilíbrio interior, observando de forma consciente tudo o que acontece dentro da moldura do seu corpo.
  3. Para as mulheres: coloque-se em contato com as geraçÔes anteriores de seu gĂȘnero e observe nelas o sofrimento que viveram por culpa dos seus homens. É preciso olhar claramente e comover-se com a força que tiveram para suportar esse sofrimento. Agora incline ligeiramente a cabeça diante da grandeza de tantas geraçÔes de mulheres que sofreram nas mĂŁos dos homens.
    Para os homens: comece a evocar agora muitas geraçÔes masculinas passadas e veja nesses homens sua desconfiança, sua tensĂŁo, sua violĂȘncia e tambĂ©m perceba neles sua culpa e seu medo. Agora tambĂ©m incline ligeiramente a cabeça diante do destino difĂ­cil de tantos homens que nĂŁo conseguiram a plena confiança com as mulheres.
  4. Para encerrar, mulheres e homens: agora Ă© possĂ­vel vĂȘ-los todos juntos, homens e mulheres, e lamentar por aquilo que os separou e os fez sofrer. Incline-se diante de todos eles, unindo e reconciliando ambos os gĂȘneros em seu prĂłprio coração.
  5. Finalmente, tanto homens como mulheres devem deixar para trĂĄs essas vivĂȘncias difĂ­ceis. E pedir a bĂȘnção das geraçÔes anteriores para o seu prĂłprio bem-estar nos relacionamentos atual e futuro. Com muito amor, deixe para trĂĄs toda a desgraça e a dor que eles viveram.

Fonte: personare

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