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Educação

Aluno autista aprova em medicina após gabaritar prova de matemática do Enem

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Aluno autista gabarita prova de matemática do Enem e é aprovado em medicina

Alexandre, este jovem autista, gabaritou na prova de matemática no Enem e conseguiu vagas em medicina. - Foto: Danilo Verpa/Folhapress
Alexandre, este jovem autista, gabaritou na prova de matemática no Enem e conseguiu vagas em medicina. – Foto: Danilo Verpa/Folhapress

Aos 18 anos, o aluno autista Alexandre Andrade de Almeida conquistou um feito extraordinário: acertou todas as questões da prova de matemática do Enem 2024, tirou 961,9 pontos e foi aprovado em medicina em várias federais!

O desempenho incrível levou o jovem, que mora em São Paulo, a conseguir vagas nas renomadas Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e na Universidade Estadual Paulista (Unesp), em um dos cursos mais concorridos. Agora ele espera o resultado da Universidade de São Paulo (Usp), nesta segunda, 17.

O caminho foi de muita dedicação e ele contou a estratégia que o ajudou a garantir um bom desempenho no exame: “Eu faço esse equilíbrio a partir de uma rotina organizada, planejando quais horários eu nado, assisto TV, estudo etc. Tenho um calendário e tento cumprir todas as metas”, disse em entrevista ao Correio Braziliense.

Estratégia de estudos

Alexandre cursava o terceiro ano em um colégio tradicional na Paulista, mas não contou apenas com isso para o sucesso. Além dos estudos convencionais, utilizou materiais didáticos, treinos com provas anteriores e escreveu até três redações por semana.

Outra grande aliada na jornada foi a participação em olimpíadas científicas, como a Olimpíada Brasileira de Matemáticas da Escola Públicas e a Olimpíada Brasileira de Matemática.

E mais: a rotina era organizada detalhadamente, com momento para tudo: estudar e lazer, principalmente com atividades físicas.

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Desafios do TEA

Diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), Alexandre concorreu em ampla concorrência, sem solicitar correção diferenciada da redação.

Para o jovem, a neurodiversidade não deve ser vista como uma limitação, mas sim como uma forma diferente de pensar.

“Há muito estigma, porque, infelizmente, associam o TEA a uma deficiência, mas só é uma maneira diferente de pensar com características específicas”, defendeu.

No entanto, o jovem reconheceu que a estrutura das provas pode ser bem desafiadora para neuro divergentes, especialmente questões abstratas de ciências humanas e redação.

Expectativas para o futuro

O sonho da medicina veio desde cedo, com Alexandre conhecendo mais sobre biologia e química.

Agora, com a possibilidade real de entrar na faculdade e realizar o desejo, ele se sente muito entusiasmado.

O prodígio ainda não se decidiu e espera o resultado do vestibular da Universidade de São Paulo (Usp), onde concorre por vagas olímpicas.

Para o futuro, ele guarda muitos planos. “Gostaria de aprender mais sobre química, especialmente bioquímica, biologia, anatomia e fisiologia humana, fazer pesquisas nessa área e ajudar as pessoas.”

Que orgulho!

Alexandre foi aprovado em duas universidades, mas espera o resultado da Usp. – Foto: Arquivo pessoal

Fonte: sonoticiaboa

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