Notícias

Aliados de Alcolumbre contam com 48 votos contra indicação de Messias ao STF

Grupo do Whatsapp Cuiabá
2025 word2
aliados alcolumbre dizem tem menos 48 votos contra indicacao messias stf

Via @bandtv | A indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF) enfrenta um cenário de crescente tensão no Senado, onde aliados do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmam que já existem ao menos 48 votos consolidados contra o nome enviado por Lula – número suficiente para barrar a escolha no plenário.

A resistência ganhou força nas últimas semanas e se combina a um impasse criado dentro do próprio governo: a mensagem formal de indicação ainda não foi encaminhada ao Congresso, embora o Planalto tenha anunciado Messias há mais de uma semana. A sabatina está marcada para o dia 10 de dezembro, mas sem o envio da mensagem o cronograma pode ser revisto.

O clima se agravou após Alcolumbre divulgar, neste domingo, uma nota pública expressando descontentamento com a condução do processo pelo governo. 

No texto, o presidente do Senado cobrou “respeito institucional” e afirmou que a Casa “não será tratada como mera homologadora de decisões unilaterais do Executivo”. A manifestação foi interpretada por parlamentares como um sinal claro de que Alcolumbre está disposto a deixar o desgaste à mostra e não pretende facilitar o avanço da indicação.

Nos bastidores, senadores próximos a Alcolumbre avaliam que o atraso embaraça o processo e evidencia desorganização política do governo. O presidente do Senado já vinha demonstrando desconforto com a escolha de Lula – defendia um nome com trânsito mais amplo na Casa — e agora, com a demora na formalização, vê espaço para consolidar a rejeição.

A percepção entre opositores e parte da ala independente é que Messias não construiu relação com o Senado ao longo dos últimos anos e é visto como excessivamente alinhado ao governo, o que aumenta as resistências. Para alguns parlamentares, Lula anunciou o nome sem antes buscar um acordo mínimo com a cúpula do Senado, repetindo desgastes de indicações anteriores.

Dentro do Planalto, auxiliares admitem preocupação. Assessores de Lula relatam que o presidente pretende intensificar, nos próximos dias, conversas diretas com líderes partidários e com o próprio Alcolumbre, numa tentativa de reverter a tendência desfavorável. Governistas reconhecem que o ambiente é “muito mais hostil do que o calculado”.

A demora no envio da mensagem também alimenta leituras de que Lula tenta ganhar tempo para medir o tamanho da resistência e negociar apoio. Parlamentares afirmam que, se o documento não for enviado ao Senado até o início da próxima semana, a sabatina dificilmente será mantida para o dia 10, abrindo margem para que opositores ampliem a pressão.

Aliados de Alcolumbre sustentam que o número de votos contrários pode até aumentar caso o Planalto tente forçar o cronograma sem costurar apoio político. Governistas, por sua vez, veem risco concreto de derrota, mas apostam que Lula ainda conseguirá virar parte dos votos antes da votação final.

O que era para ser uma indicação relativamente controlada transformou-se em um dos maiores testes de força entre o governo e o Senado neste ano. Entre parlamentares, a avaliação é de que, independentemente do desfecho, o Planalto já pagou um preço alto pela condução da escolha — e que a batalha por Messias está longe de ser simples.

Por Túlio Amâncio
Fonte: @bandtv

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.