De acordo com o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, a área plantada com milho na safra de verão 2022/23 deverá recuar 4,3%, ocupando 4,196 milhões de hectares no Centro-Sul. Deve haver um crescimento na produtividade média da safra de verão 2022/23 frente ao registrado na temporada 2021/22, que passaria 4.986 quilos por hectare para 6.008 quilos por hectare.
Para safrinha 2023, a área cultivada deve crescer 1,1% e ocupar 14,974 milhões de hectares, superando os 14,809 milhões de hectares plantados na safrinha 2022. A produtividade média poderia avançar frente aos 5.699 quilos por hectare colhidos na segunda safra deste ano para 5.865 quilos por hectare, elevando o potencial de produção para 87,822 milhões de toneladas. “A tendência é de que a safrinha de 2023 possa atingir um novo recorde, superando as 84,403 milhões de toneladas produzidas neste ano”, avalia.
As regiões Norte e Nordeste devem cultivar 2,356 milhões de hectares com o cereal, ante os 2,363 milhões de hectares da temporada 2021/22, com um recuo de 0,3%. O analista acredita que as regiões devem alcançar uma produtividade de 5.642 quilos por hectare de milho, um pouco acima dos 5.598 quilos colhidos neste ano. “Apesar do declínio na expectativa de área, a produção nessas regiões poderá atingir 13,293 milhões de toneladas, ficando acima do volume colhido neste ano, de 13,228 milhões de toneladas”, sinaliza.
A área total de milho deverá ocupar 21,526 milhões de hectares em 2022/23, com declínio de 0,1% frente aos 21,557 milhões de hectares cultivados em 2021/22. Considerando uma situação normal de clima, o rendimento médio das lavouras para a temporada 2022/23 deverá ficar em 5.868 quilos por hectare, superando os 5.543 quilos da safra 2021/22.
Neste cenário, a produção nacional de milho tem potencial para atingir a marca histórica de 126,322 milhões de toneladas na temporada 2022/23, superando o volume obtido em 2021/22, de 119,495 milhões de toneladas.