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Agronegócio

RegeneraBio: nova plataforma da SoluBio impulsiona a agricultura regenerativa e os impactos positivos do manejo biológico onfarm

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RegeneraBio: nova plataforma da SoluBio impulsiona a agricultura regenerativa e os impactos positivos do manejo biológico onfarm

Apostar em uma agricultura regenerativa e contribuir para resiliência climática são focos da SoluBio — empresa que trabalha com a produção de bioinsumos nas fazendas. Mas mais do que buscar a racionalização do uso de insumos químicos, por meio de uma solução rentável e eficaz, a companhia investe também em ferramentas que contribuam para comprovar os impactos positivos da solução e incentivar as práticas de agricultura regenerativa. Assim, a SoluBio lança a plataforma RegeneraBio, que tem como objetivo gerar informações sobre o impacto ambiental e socioeconômico positivo das fazendas que adotam o manejo biológico onfarm®.

A tecnologia é uma alternativa para identificar os efeitos do uso de bioinsumos na agricultura em quatro frentes: carbono, água, biodiversidade e aspectos socioeconômicos ligados a redução de substâncias químicas e custos na produção de alimentos e matéria-prima. Corroborando, assim, com a ideia de que é possível promover uma agricultura rentável, sustentável e regenerativa ao mesmo tempo. 

Além disso, por meio de análise e acompanhamento do aumento de estoque de carbono no solo, bem como impactos sobre ativos como água e biodiversidade, a plataforma da SoluBio vai fornecer dados para que os produtores acompanhem de perto seus resultados, auxiliando no desenvolvimento de projetos de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA). 

Conforme explica a coordenadora de sustentabilidade da SoluBio, Rafaela Vendruscolo, a plataforma é uma das iniciativas estratégicas da companhia, aliada aos temas materiais Inovabilidade e Agricultura Regenerativa, Resiliência Climática e Serviços Ambientais, demandadas pelos stakeholders e em consonância com as discussões das Conferências da ONU para as Mudanças Climáticas (COPs). 

“A RegeneraBio é uma ferramenta que permite reunir indicadores para que os produtores rurais brasileiros comprovem o impacto positivo da utilização de bioinsumos e demais práticas da agricultura regenerativa, e por conseguinte, possam receber reconhecimentos por meio de PSAs, como por exemplo, o Crédito de Carbono. Queremos demonstrar o protagonismo da agricultura brasileira na adoção de bioinsumos e demais práticas regenerativas com efeitos positivos sobre ativos socioambientais, como carbono, nitrogênio, solo, água, biodiversidade, emprego e renda, saúde humana e custo de produção agrícola”, ressalta. 

O Grupo Rotta — que conta com uma das maiores biofábricas da SoluBio em Sapezal, no Mato Grosso — aderiu à plataforma. Segundo André Bezerra Rotta, gerente comercial da companhia, já havia o interesse em mapear a retenção de carbono, agora, as vantagens da RegeneraBio são vistas em por diferentes ângulos: “primeiro porque auxilia na eficiência da própria produção agrícola, pois a RegeneraBio também consegue identificar os tipos de microrganismos vivendo no solo, o outro é a obtenção crédito de carbono. São ferramentas que vieram para facilitar ainda mais o trabalho do produtor”, destaca. 

Com isso, a expectativa do Grupo Rotta é conseguir negociar crédito de carbono com mais facilidade futuramente, com a ajuda da SoluBio, conforme o processo evolua, além de entender o que se passa no solo para aprimorar a produção de soja, algodão e milho, por exemplo. 

Como funciona a RegeneraBio

Após a adesão à plataforma e aos programas voltados às quatro frentes propostas (carbono, água, biodiversidade e aspectos socioeconômicos), a segunda fase do projeto consiste na coleta e análise de dados para diagnóstico. Protocolos foram definidos em parceria com instituições e pesquisadores para monitoramento dos indicadores referentes aos ativos ambientais e sociais propostos. Nesta etapa, é definida a linha de base para avaliar, por exemplo, o sequestro de carbono do solo, isto é, a retirada de gás carbônico da atmosfera pelas plantas para realização da fotossíntese. Quem explica é o professor da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), Carlos Eduardo Cerri, que está à frente das pesquisas. 

“Antes da adoção de práticas regenerativas, nós levamos essas amostras ao laboratório para que se possa ter uma referência de como está o solo sob o ponto de vista de carbono. Depois da implementação do uso de bionsumos, são feitas avaliações anuais, esperando que aumente o sequestro de carbono no solo para, então, computar a métrica”, detalha o especialista. 

Com isso, a SoluBio vai atuar na gestão de dados de práticas ESG — sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança. O objetivo é que os levantamentos possam contribuir não só para aprimorar as soluções oferecidas aos clientes da empresa, como também para criar uma rede de informações confiáveis e relevantes sobre a agricultura brasileira, incentivando a adoção de práticas não apenas sustentáveis, mas também regenerativas. 

Resiliência climática e agricultura regenerativa

Ao avaliar indicadores de sustentabilidade que são atingidos quando boas práticas de manejo são adotadas na agricultura, a RegeneraBio atua diretamente no monitoramento da vida no solo e da resiliência das culturas agrícolas diante das alterações climáticas. Portanto, a RegeneraBio coloca a utilização de bioinsumos e demais práticas de agricultura regenerativa na agenda das mudanças climáticas, não apenas no desenvolvimento de uma agricultura com menos impactos socioambientais, mas que possibilite a regeneração dos agroecossistemas e torne-os mais resistentes às alterações do clima, com menos perdas e mais segurança alimentar e de matéria-prima.

“Esperamos que os resultados sejam muito interessantes. Tenho a expectativa de que serão bastante positivos, identificando as práticas de manejo que possam aportar carbono no sistema”, comenta o professor Carlos Eduardo Cerri. 

Fonte: portaldoagronegocio

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