Segundo Fávaro, a imensa maioria dos produtores está sendo atendida pelo seguro rural, com exceção dos casos recorrentes que estão acontecendo, como o terceiro problema climático em quatro anos no Rio Grande do Sul, o que faz com que a apólice encareça e haja uma queda no valor da cobertura. “É um processo legítimo de mercado que precisa ser corrigido com recursos públicos para fazer a subvenção deste seguro”, avalia.
Fávaro afirma que não é possível assumir o compromisso público de que o seguro rural chegará a R$ 2 bilhões neste ano, como também não era possível dizer que o Brasil lançaria o seu maior Plano Safra de sua história, chegando a R$ 500 bilhões para a safra 2023/24, somando recursos do BNDES.
No entendimento de Fávaro, o atual modelo de seguro rural adotado pelo Brasil gera um grande déficit para as seguradoras, que está em R$ 3 bilhões ao longo de 16 anos. “Ou se busca junto ao Tesouro maiores volumes de recursos públicos, ou essa forma de seguro vai deixar de operar, pois não há um equilíbrio”, sinaliza.
Fávaro entende que é preciso buscar o máximo para equacionar o seguro para a safra 2023/24, mas que é preciso pensar à frente. “Existe um novo modelo no México, que vai ser aprofundado e adaptado ao Brasil, para quem sabe já termos ter um novo seguro mais eficiente e para o produtor rural na safra 2024/25, que seja sustentável economicamente”, conclui.
Fonte: portaldoagronegocio