O mercado de boi gordo registrou uma contínua alta nos preços da arroba ao longo da semana, refletindo uma tendência positiva em todo o Brasil. Segundo Fernando Iglesias, analista da Safras & Mercado, a manutenção de escalas de abate curtas pelos frigoríficos tem contribuído para a valorização dos preços, embora os aumentos estejam se dando de maneira mais gradual.
Apesar da pressão atual sobre os preços, é importante notar que a chegada iminente de um volume significativo de animais confinados nos próximos meses pode limitar aumentos mais acentuados. Este fator pode oferecer maior estabilidade nas escalas de abates dos frigoríficos de grande porte.
Os preços da arroba do boi gordo nas principais praças de comercialização do país em 15 de agosto foram os seguintes:
- São Paulo (Capital): R$ 235,00 por arroba, alta de 0,86% em relação aos R$ 233,00 da semana anterior.
- Goiás (Goiânia): R$ 230,00 por arroba, estável frente ao fechamento da semana passada.
- Minas Gerais (Uberaba): R$ 225,00 por arroba, avanço de 0,90% em relação aos R$ 223,00 da semana anterior.
- Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 240,00 por arroba, valorização de 1,69% em comparação aos R$ 236,00 da semana anterior.
- Mato Grosso (Cuiabá): R$ 215,00 por arroba, aumento de 1,42% em relação aos R$ 212,00 registrados na semana passada.
- Rondônia (Vilhena): R$ 191,00 por arroba, alta de 1,60% em relação aos R$ 188,00 da semana anterior.
Mercado Atacadista e Exportações
No mercado atacadista, os preços permaneceram firmes, apesar da expectativa de menor variação nas próximas semanas devido ao menor apelo ao consumo na segunda metade do mês. Os cortes do dianteiro do boi foram negociados a R$ 13,15 por quilo, com um avanço de 1,15% sobre os R$ 13,00 da semana anterior. O quarto traseiro do boi manteve-se a R$ 17,20 por quilo.
No setor de exportações, o Brasil exportou carne bovina fresca, congelada e refrigerada que gerou US$ 315,915 milhões em agosto (7 dias úteis), com uma média diária de US$ 45,084 milhões. A quantidade total exportada foi de 71,371 mil toneladas, com média diária de 10,196 mil toneladas. O preço médio da tonelada foi de US$ 4.421,80.
Comparado a agosto de 2023, houve um aumento de 24,1% no valor médio diário das exportações e um crescimento de 26,6% na quantidade média diária exportada, embora o preço médio tenha sofrido uma desvalorização de 2%. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior, a tendência de valorização dos preços pagos pelas proteínas de origem animal do Brasil, antecipada por Safras & Mercado no início do ano, tem sido confirmada pelas recentes negociações internacionais.
Fonte: portaldoagronegocio
