VIRAM? 😱 Via
@perfilnews
| O advogado sul-mato-grossense Enio Martins Murad (@eniomurad), responsável por uma denúncia que levou ao afastamento de conselheiros do
Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS)
em 2021, agora acompanha os desdobramentos da investigação sobre a venda de
sentenças em outros estados.
A
Polícia Federal (PF)
apura suspeitas de negociação de decisões judiciais mediante pagamento de
propina, atingindo desembargadores, juízes e servidores dos tribunais da Bahia,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, São Paulo, Espírito Santo e
Maranhão.
As investigações resultaram no afastamento provisório
de pelo menos 16 desembargadores e sete juízes de primeira instância. O caso
também mobiliza o
Conselho Nacional de Justiça (CNJ), responsável por apurações administrativas, e chegou a envolver gabinetes do
Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Denúncias e repercussão
Murad ganhou notoriedade ao denunciar um suposto esquema de venda de sentenças
no TCE-MS e no
Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS). Em decorrência disso, afirmou ter sofrido perseguições e ameaças. Em 2015,
quando atuava como secretário-geral do Ministério Público de Contas de MS,
relatou à Polícia Federal supostas irregularidades em contratos de licitação
para coleta de lixo em Campo Grande.
Após suas denúncias, cinco desembargadores foram afastados do TJMS, por
determinação do STJ:
Sérgio Fernandes Martins, Vladimir Abreu da Silva, Alexandre Aguiar Bastos,
Sideni Soncini Pimentel e Marco José de Brito Rodrigues.
Murad também foi alvo de um processo por calúnia e difamação movido pelos
conselheiros que denunciou, mas o caso foi arquivado. Atualmente, ele move uma
ação indenizatória contra sete conselheiros, com pedidos que variam entre R$ 2
milhões e R$ 14 milhões.
Em entrevista ao
Perfil News, Murad comentou a sensação de ver as investigações se expandindo para outros
estados:
“Passei por um longo período de dificuldades após as denúncias. Sofri
perseguições e perdas financeiras, mas hoje vejo que as investigações
avançaram e a Justiça está apurando os fatos.”
O caso segue em andamento, e novas fases da operação não estão descartadas
pela Polícia Federal.
Fonte:
Perfil News