Economia

Abilio critica decreto de Lula e alerta para risco à economia: ”danos extremos”

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O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), criticou decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que regulamenta a Lei da Reciprocidade Econômica e autoriza o Brasil a aplicar contramedidas comerciais em resposta a ações unilaterais de outros países.

Segundo Abilio, é preciso “cautela” ao tratar do tema, pois algumas medidas podem ser plausíveis, mas outras podem gerar efeitos colaterais severos.
O decreto, publicado nesta terça-feira (15) no Diário Oficial da União, estabelece critérios para suspensão de concessões comerciais e para adoção de contramedidas, como aumento de tarifas de importação, contra países que adotem medidas consideradas injustas contra o Brasil. A medida também cria um comitê interministerial responsável por avaliar e aprovar essas ações.
Para Abilio, o impacto dessas contramedidas pode ser mais prejudicial do que benéfico se não houver uma análise minuciosa do cenário internacional.
“Olha, eu avalio que a gente tem que analisar melhor a nossa geopolítica e os impactos dos impostos e da tributação sobre aquilo que a gente importa e aquilo que a gente exporta. Precisa analisar com bastante cuidado. Algumas medidas podem até ser plausíveis, algumas medidas podem até funcionar, mas outras medidas podem ser extremamente danosas”, alertou.
O prefeito citou como exemplo o impacto da taxação de produtos de tecnologia, caso essa área seja alvo das contramedidas.
“Taxar a importação de produtos de tecnologia vai afetar não só o governo que está exportando para nós, vai afetar você que está usando o celular para gravar a sua entrevista, vai afetar aquela pessoa que precisa de um computador para investir no seu trabalho, vai afetar a tecnologia necessária para a produção, para a agroindústria, para a indústria”, afirmou.
Abilio defende que o governo federal adote uma postura técnica e criteriosa ao aplicar as contramedidas previstas na nova regulamentação, de forma a proteger o mercado interno sem comprometer o desenvolvimento do país.
“Nós temos que avaliar até onde é interessante a gente taxar uma importação: se é para servir para controle e proteção do mercado interno ou se ela vai afetar mais o desenvolvimento do nosso país. Há casos em que uma regulamentação da importação protege o mercado, e há casos que isso atrapalha o desenvolvimento do próprio mercado. O governo tem que começar a medir onde funciona e onde não funciona”, completou.
Além das críticas ao decreto, Abilio já havia atribuído a Lula a responsabilidade pelo chamado “tarifaço” imposto pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump, que anunciou taxação de 50% sobre produtos brasileiros. Ele avaliou que a política externa do governo petista tem desgastado a imagem do Brasil, podendo provocar reações semelhantes de outros países, como Argentina, Itália e Israel.

 

Fonte: Olhar Direto

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