Abilio lembrou que assumiu a Prefeitura de Cuiabá com salários atrasados, dificuldade para pagar fornecedores e um conjunto de pendências financeiras. Segundo ele, apesar de avanços, o cenário ainda exige equilíbrio e ajustes.
“Melhoramos muitas coisas. Nós começamos com salários atrasados e com dificuldade de pagar fornecedores. Hoje estamos em condição um pouco melhor”, disse em entrevista ao programa Tribuna, na rádio Vila Real.
Ele ponderou, no entanto, que “a calamidade financeira acabou de decreto, mas a condição de acerto de contas continua”. Ao contextualizar o processo de recuperação fiscal, o prefeito comparou a situação de Cuiabá ao desafio enfrentado pelo governador Mauro Mendes (União) no início de sua gestão, após suceder Pedro Taques.
Abilio afirmou que o Estado também levou tempo para superar dificuldades fiscais e que, mesmo após quase oito anos de mandato, ainda enfrenta pressões, como a recente discussão sobre o reajuste do Tribunal de Justiça.
Segundo ele, a necessidade de cuidado na gestão municipal está diretamente relacionada ao ambiente econômico nacional.
“Esse estado de cautela que estamos tendo não se dá apenas pelo município de Cuiabá, se dá pela situação financeira do nosso país”, afirmou.
Abilio citou problemas do Governo Federal para cumprir metas fiscais, atrair investimentos e captar recursos internacionais. Ele mencionou ainda a falta de aporte de países como China, Alemanha e França ao fundo anunciado por Lula durante discussões ligadas à COP 30.
Para o prefeito, a instabilidade política contribui para uma “quebra de credibilidade” da gestão federal, gerando efeitos que se espalham para Estados e municípios. Ele destacou que Mato Grosso, apesar de ser um grande produtor agropecuário, acaba assumindo responsabilidades que, segundo ele, deveriam contar com contrapartida da União.
“Quando a gente não recebe auxílio do Governo de Estado ou do Governo Federal para conduzir os nossos orçamentos, a gente vai conduzindo com o cofre apertado, do jeito que dá, para colocar Cuiabá no eixo”, comentou.
Fonte: Olhar Direto






