O faroeste é um gênero tradicionalmente dominado por homens, tanto em suas histórias quanto nas pessoas que as contam e estrelam. Isso restringiu o caráter e o tom de , bem como as histórias que poderiam ser contadas. Com o fervor inicial há muito dissipado, o gênero teve que encontrar seu lugar tanto na televisão quanto no cinema independente. Foi este último que o permitiu ir além de meras homenagens e encontrar espaços onde pudesse se reinventar, oferecendo histórias únicas como .
Tensão e frituras
é dirigido por , uma figura de destaque no cinema independente norte-americano deste século. Tendo realizado diversos filmes essenciais nas últimas décadas (incluindo ), ela impressiona com esta obra singular.
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No noroeste americano do início do século XIX, chega uma expedição com o objetivo de adquirir e comercializar peles. Entre os membros da expedição está um humilde cozinheiro com um talento especial para fazer bolinhos fritos excelentes, desde que tenha os ingredientes certos. Ele os consegue graças a uma relação inesperada que desenvolve com um fugitivo de origem asiática.
O “cinema lento” faz história
Aqui, Reichardt oferece mais uma de suas perspectivas sobre os fundamentos da América através de gêneros tradicionais de Hollywood, distorcidos por sua visão autoral singular que se alinha ao movimento do “cinema lento”.
Extremamente observacional, desafiando até o espectador mais impaciente, a diretora examina os mínimos detalhes para extrair as maiores revelações. Aqui, as convenções dos faroestes são subvertidas, de modo que uma vaca se torna a forasteira e o xerife representa o capitalismo, permitindo que uma ameaça intangível paire na atmosfera de .
Sua representação louvável de masculinidades atípicas para o gênero faz de First Cow – A Primeira Vaca da América uma obra fabulosa e não convencional, expandindo as possibilidades do cinema independente e desafiando o status quo do entretenimento hollywoodiano.
O filme está na Mubi e na assinatura premium do Prime Video.
Fonte: adorocinema
