O ritmo de lançamentos da Netflix é frenético. Quem perder as novidades da semana pode acabar sem experimentar uma variedade interessante de produções, especialmente com séries e filmes vindos de países diversos – fora do eixo norte-americano. Por isso é interessante acompanhar a chegada de um projeto como , que destronou .
Dirigido por , o longa acompanha a história real de Andrea (), uma mulher que tem a vida virada de cabeça pra baixo quando o seu filho de 18 anos é falsamente acusado de um delito e acaba dentro de uma prisão. Agora, toda a sua vida precisará ser dedicada a uma batalha contra o sistema judiciário, que se torna cada dia mais burocrático.
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Descobrindo que há também outras mulheres na mesma luta, aos poucos Andrea conquistará a confiança delas. Apesar de toda a sua luta, apenas uma paixão será capaz de destruir os seus próprios preconceitos, valores e crenças negativas acerca daqueles que estão afastados da sociedade.
A história emocionante por trás de A Mulher da Fila
Netflix
A Mulher da Fila é baseado na história real de Andrea Casamento, uma mulher de classe média de Buenos Aires que teve o filho mais velho preso e entrou em uma espiral de esforços para comprovar a inocência de seu primogênito, acusado de assalto.
Mesmo antes do julgamento, o jovem foi mandado para Ezeiza, prisão de segurança máxima argentina. Ao tentar contato com o filho, ela entrou em uma fila de pessoas que vieram visitar seus entes na prisão – e isso justifica o título do projeto. Nela, viajando quatro vezes por semana para a penitenciária, Andrea passou a conhecer realidades completamente distintas à própria.
“Se meu filho saísse morto de lá, eu tinha que ser a primeira a abraçá-lo, porque eu o havia trazido ao mundo. Todos os dias, durante aqueles oito meses, eu tinha medo de que o matassem. Que ele não me ligasse mais um dia”, disse ela em entrevista à BBC.
Ela ainda conseguiu falar com Juan por telefone, até que um dia não conseguiu falar com o filho. Foi à prisão, mas não conseguiu informações. Posteriormente, no mesmo dia, recebeu uma ligação de um homem chamado Alejo, avisando que o filho estava vivo, mas havia sido mandado para uma cela separada após uma briga.
Da prisão do filho ao casamento
Desde então, eles começaram a se falar todos os dias. “Começamos a conversar e nunca mais paramos”, contou ela. “Fiquei sozinha. Ninguém me entendia, nem minha família, nem meus amigos, ninguém. Ao veículo, ela explica que este homem até então desconhecido se tornou “uma espécie de oásis, o único que conseguia me fazer sorrir e me fazer viver aquele inferno com menos dor”.
Após 8 meses, Juan foi liberado da prisão por falta de provas contra o crime, mas Andrea já tinha criado um forte vínculo com Alejo, que “além de cuidar de Juan lá dentro, me disse para me mexer, lutar, olhar aqui e ali para acelerar as coisas”. Por 15 anos, ela continuou visitando a cadeia ao estabelecer esse relacionamento, que gerou frutos: um casamento, outro filho e a ACIFAD (Asociación Civil de Familiares de Detenidos).
Fonte: adorocinema






