A Semana Mundial da Amamentação 2024 chama atenção para os impactos positivos do aleitamento materno na saúde pública e na preservação ambiental.
Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a amamentação é uma prática natural, renovável e ecologicamente segura. Diferente das fórmulas infantis, ela não gera resíduos e não exige processos industriais poluentes, o que contribui para reduzir o impacto ambiental.
“Ao promovermos e protegermos a amamentação estamos investindo em sistemas de cuidado que respeitam o meio ambiente, preservam a vida e reforçam os compromissos com a saúde pública global”, afirma João Aprígio Guerra de Almeida, coordenador da Rede de Bancos de Leite Humano (RBLH).
Rede de Leite Humano
Articulada pela Fiocruz, a RBLH é uma referência internacional em saúde pública. O modelo solidário, desenvolvido no âmbito do SUS, já contribuiu significativamente para a redução da mortalidade neonatal no Brasil e em outros países, consolidando-se como exemplo em inovação social e equidade.
Avanço da campanha no Brasil
Desde o início da campanha, em 1º de agosto, os 234 bancos de leite humano e os 249 postos de coleta do país realizaram mais de 2,3 milhões de atendimentos. O balanço nacional revela ainda 460,5 mil atendimentos em grupo e 281,3 mil visitas domiciliares, todos gratuitos e vinculados ao SUS.
Além do suporte direto às mães, a rede promove e organiza a doação de leite humano — um gesto essencial para salvar a vida de recém-nascidos internados em UTIs neonatais, principalmente os prematuros. Apenas em 2024, foram doados 245,8 mil litros de leite humano em todo o território nacional.
Benefícios para mães e bebês
Amamentar é mais do que alimentar: é garantir saúde e qualidade de vida. Para os bebês, os benefícios vão desde a proteção contra infecções respiratórias e gastrointestinais até a prevenção de doenças crônicas.
Já para as mulheres, o aleitamento favorece a recuperação pós-parto e reduz o risco de desenvolver câncer de mama e outras condições de saúde.
Fonte: cenariomt