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BYD desafia: Por que ninguém vai querer carro elétrico com mais de 300 km de autonomia?

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BYD desafia: Ninguém vai querer carro elétrico com mais de 300 km de autonomia

A BYD defende que 300 km de autonomia é o suficiente, apostando na recarga ultrarrápida de 1.000 kW. Entenda como essa tecnologia de 5 minutos para 400 km vai mudar o mercado e quando chega ao Brasil.

Em um movimento estratégico que promete agitar o mercado global de veículos elétricos (VEs), a BYD está apostando que o futuro da mobilidade elétrica reside na velocidade de recarga, e não em baterias cada vez maiores. A visão, articulada pela vice-presidente global Stella Li, é provocadora: a autonomia dos carros elétricos deixará de ser o fator de compra mais importante.

BYD desafia: Ninguém vai querer carro elétrico com mais de 300 km de autonomia

Segundo a executiva, a marca defende que “ninguém vai querer mais de 300 km” de alcance, argumentando que a evolução da infraestrutura de carregamento anulará a necessidade de baterias caras e superdimensionadas.

O pilar dessa estratégia é a implantação de uma nova geração de carregadores ultrarrápidos de 1.000 kW (1 Megawatt), já em fase de testes na China. A empresa afirma que essa tecnologia pode injetar energia suficiente para percorrer 400 km em apenas cinco minutos, um tempo comparável a um breve abastecimento em um posto tradicional.

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BYD Tang terá autonomia de 1.000 km – Foto: Divulgação

O ritmo de expansão dessa tecnologia na China é acelerado: a meta inicial da BYD era instalar 5.000 estações em um ano, mas esse número já superou a marca de 15.000 pontos de recarga.

Carros com maior autonomia podem chegar ao Brasil 

A expectativa é que a tecnologia de recarga de 1.000 kW comece a chegar à Europa e ao Brasil a partir do final de 2025. Inicialmente, essa infraestrutura será instalada em concessionárias e redes parceiras.

Para a BYD, essa virada tecnológica traz três grandes benefícios:

  1. Redução de Custos: Baterias menores significam veículos mais acessíveis para o consumidor.

  2. Menor Impacto Ambiental: Diminui a pegada de carbono associada à produção de grandes pacotes de baterias.

  3. Maior Praticidade: Elimina a ansiedade de autonomia, transformando paradas longas em “pit stops” rápidos.

A executiva ressalta que a maioria dos motoristas roda cerca de 35 km por dia. Com 300 km de autonomia, o veículo já atende a múltiplos dias de uso. O carregamento ultrarrápido, por sua vez, resolve a questão das viagens longas.

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Foto: Divulgação

Modelos compatíveis

Modelos de alto desempenho, como o Han L, Tang L e o futuro Denza Z9 GT, serão os primeiros a aproveitar a recarga na casa do megawatt, alcançando a impressionante taxa de recuperação de 1 km de alcance por segundo. A BYD já sinalizou, no entanto, que a intenção é estender a compatibilidade com esse novo padrão de recarga também para modelos mais populares e acessíveis, como o Dolphin Mini, no futuro.

Se essa aposta se concretizar, o foco do debate sobre VEs mudará do alcance total para fatores como custo, eficiência energética e, crucialmente, a velocidade e a disponibilidade da infraestrutura de carregamento.

Leia aqui: BYD registra queda de 5,25% em novembro e parte para o contra-ataque

Você trocaria uma bateria gigante por 5 minutos de recarga para 400 km?


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Escrito por

Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.

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Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.

Fonte: garagem360

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