As negociações de feijão no mercado spot brasileiro seguem em ritmo lento neste início de dezembro, ocorrendo basicamente quando há necessidade de reposição de estoques. A avaliação é de pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, que apontam um ambiente de cautela entre compradores e vendedores, em meio a um cenário de ajustes finos entre oferta e demanda.
No caso do feijão carioca, os preços têm sido influenciados principalmente pelo comportamento da demanda. A oferta está concentrada em lotes de alta qualidade, o que limita o volume disponível no mercado e mantém maior sensibilidade das cotações aos movimentos dos compradores. A combinação de produto selecionado e consumo ainda ativo tem servido como fator de sustentação para os preços, mesmo em um ambiente de menor liquidez.
Já o feijão preto enfrenta dinâmica oposta. De acordo com o Cepea, os valores seguem pressionados pela ampla disponibilidade do grão no mercado interno. A maior oferta tem dificultado reações nas cotações, especialmente em um momento em que a indústria e o varejo atuam de forma mais retraída nas aquisições.
No cenário externo, o desempenho é considerado excepcional. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que, entre janeiro e novembro de 2025, o Brasil exportou 501,20 mil toneladas de feijão, volume que já representa um recorde histórico anual, desde o início da série estatística em 1997. O resultado reforça o protagonismo do país no mercado internacional e contribui para o escoamento da produção nacional.
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Fonte: cenariomt






