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Delivery de ‘seafood boil’ é sucesso em Cuiabá com mais de 200 pedidos em 5 dias

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O seafood boil, prato de origem americana que viralizou nas redes sociais ao longo deste ano, ganhou espaço em Cuiabá com a inauguração do delivery do restaurante da Dona Fresca, já conhecida pela loja de frutos do mar e peixes. Em apenas cinco dias de operação, no final de outubro, o chef responsável Luís Paulo Pedrisch, de 26 anos, contabilizou mais de 200 pedidos, com destaque para a venda de aproxidamente 900 caranguejos. Para comparar, o número equivale ao volume de vendas mensal do fruto do mar na Dona Fresca. 


O prato viralizou rapidamente em plataformas como Instagram e TikTok, principalmente pelo modo que é servido: dentro de uma sacola plástica. Nos vídeos, influenciadores despejam os frutos do mar, que são banhados por um molho grosso e saboroso, garante Luís Paulo. Depois, eles usam as mãos para comer. Como mimo para os clientes, o chef preparou luvas e um “babador” personalizado. 
“É um prato do sul dos Estados Unidos, a parte banhada pelo mar, tanto que é um prato que eles criaram, com os acompanhamentos que lembram bem a América do Norte, carboidratos como milho e batata. Ele tem esse lance de trazer o gosto de frutos do mar no molho, fazemos todo o processo de escaldar os frutos do mar, usamos do umami, que é esse sabor forte que eles têm normalmente, para terminar a cocção junto com o molho. Engrossamos o molho para ele ficar quase pastoso, justamente pela manteiga, vamos apurando o gosto de frutos do mar devagarinho”, explica o chef. 
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Apesar de ter se tornado “instagramável”, o prato surgiu no século de 18, nas regiões costeiras do sul dos Estados Unidos, especialmente na Louisiana e Carolina do Sul, onde a pesca era abundante e os frutos do mar eram parte central da alimentação local. Ele mistura influências da cozinha africana, francesa e nativo americana.
A receita do seafood boil nasceu como uma forma prática e comunitária de cozinhar grandes quantidades de frutos do mar recém-pescados junto com vegetais e acompanhamentos simples, usando panelões grandes e temperos fortes para realçar o sabor. Com o tempo, foi se tornando tradicional em festivais, reuniões familiares e eventos ao ar livre, mantendo o  estilo de “cozido coletivo” e informal.
 
Como o prato ainda não era vendido em Cuiabá, Luis Paulo apostou na curiosidade de quem já estava acompanhando o “hype” nas redes sociais. “Nos dois primeiros dias foi uma loucura, eu e meu sócio comprando mais frutos do mar. Mas tem dado tudo certo. Como é um prato que não é muito parecido com o que consumimos, o pessoal experimenta às cegas movido pela curiosidade. É um prato muito diferente.”
Para ele, a logística que o preparo do seafood boil envolve é uma das razões pelo prato ter demorado para “chegar” em Cuiabá. Ele explica que sem a matriz da Dona Fresca por trás da operação, não seria possível atender a demanda de tantas unidades de frutos do mar. 
“O estoque que planejamos para uma semana durou um dia. Estamos trabalhando de terça-feira, só para almoço, a domingo. É um prato servido bem quente, mas mesmo no calor de Cuiabá, o pessoal está pedindo no almoço. Por mais que o pessoal daqui tenha uma proximidade muito grande com peixe, come pouco frutos do mar. Estamos no Centro Geodésico, o ponto mais longe do mar possível, então isso torna o fornecimento muito difícil. Se nosso restaurante não fosse parte da Dona Fresca, jamais conseguiríamos nos atender”. 
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“Isso é uma das respostas do por que um prato tão viralizado ainda não tinha sido feito aqui em Cuiabá. Em uma semana foram quatro cargas de avião do litoral para cá. Foi uma felicidade bem grande para nós.”
O chef afirma que o delivery é apenas o início de um projeto maior. “Nosso projeto é bem maior que o delivery, é a ponta do iceberg com o que pretendemos fazer com a Dona Fresca no quesito de pratos com frutos do mar. Nos dois primeiros dias foi uma loucura, eu e meu sócio comprando mais frutos do mar. Mas tem dado tudo certo. Como é um prato que não é muito parecido com o que consumimos, o pessoal experimenta às cegas movido pela curiosidade. É um prato muito diferente.”
Luis Paulo lembra ainda sua trajetória até assumir a cozinha da Dona Fresca. “Comecei na cozinha com 19 anos. Sou amigo do pessoal da Dona Fresca porque era cliente, tinha esse restaurante de sushi no interior, comprei o restaurante que eu trabalhava. Desde então sou cliente, muitos anos. Há três anos já tinham pedido para eu vir fazer uma consultoria para abrir esse restaurante que hoje sou o chefe. É um projeto antigo que agora deu certo.”

 

Fonte: Olhar Direto

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