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Familiares de soldados russos recrutados acusam Putin de esnobá-los

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Familiares dos soldados russos convocados para lutar na guerra na Ucrânia via mobilização parcial acusaram o presidente da Rússia, Vladimir Putin, de esnobá-los, depois que ele convocou uma reunião com os parentes de reservistas. Segundo eles, o encontro foi apenas uma fachada para esconder o desrespeito do Kremlin por seu próprio exército. 

Dois meses após anunciar a mobilização de 300 mil reservistas para mudar o curso do conflito no país vizinho, Putin irá se encontrar com mães e esposas dos convocados. Os parentes dos soldados afirmaram que a reunião não contará com a participação de ativistas dos direitos humanos e que o Kremlin irá escolher os participantes a dedo, de modo que Putin se dirija a um público “controlado”.

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Embora não haja um movimento anti-guerra oficial na Rússia, muito por conta da rigorosa repressão, as famílias dos soldados convocados têm sido vozes proeminentes contra o governo, denunciando uma convocação feita às pressas e sem respeitar as condições físicas dos reservistas. Além disso, há relatos de corrupção, detenções ilegais e abuso dentro do Exército. 

Na quarta-feira 23, o Conselho de Mães e Esposas, grupo de ativistas que pedem que os convocados sejam retirados do front, organizou um encontro para reclamar das ações das tropas russas e alegaram que estavam sendo seguidas por membros das forças de segurança do país. 

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No evento, foram divulgadas fotos de grandes nomes do governo russo que foram convidados a participar mas recusaram, como o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e o chefe do Estado-Maior, Valery Gerasimov.

O encontro de Putin com as famílias dos soldados é visto como uma tentativa do Kremlin de melhorar a imagem do presidente, que tem sido criticado por estar distante da população e “viver em um bunker”.

Segundo analistas, a mobilização parcial foi, e continua sendo, um estresse para a população russa, e foi responsável por diminuir drasticamente as avaliações de bem-estar nacional. Além disso, a medida recebeu apoio significativamente menor do que a guerra em si. 

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Ativistas acreditam ainda que o envolvimento direto de Putin com os familiares é uma forma do presidente mostrar que está envolvido no assunto, tentando evitar críticas públicas. 

Fonte: Veja

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