O governo de Mato Grosso recuou da concretagem integral das pistas onde irão circular o Ônibus de Transporte Rápido (BRT) em Cuiabá. Agora as vias receberão pavimento flexível, mesmo tipo de asfalto utilizado na construção da pista do autódromo do Parque Novo Mato Grosso.
O secretário de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), Marcelo de Oliveira, alega que a decisão se baseia em critérios técnicos relacionados ao canal da Prainha, uma vez que os estudos realizados na elaboração dos projetos mostraram que o pavimento de asfalto seria a melhor opção.
Segundo ele, as obras de recuperação do asfalto já estão ocorrendo nas avenidas Prainha e XV de Novembro, dentro das obras de implantação dos corredores de transporte. Nestas avenidas, as faixas destinadas ao transporte público também serão executadas com pavimento flexível (asfalto), com concretagem apenas nos pontos de parada e estações.
“Além disso, a Avenida da Prainha receberá uma nova pista, ampliando sua capacidade e permitindo melhor escoamento do trânsito”, explica o secretário.
No caso dos corredores de transporte rápido, o asfalto será do tipo Concreto Betuminoso Usinado à Quente (CBUQ), com a adição de polímeros, o que garante uma melhor performance para o pavimento flexível. É o mesmo tipo de asfalto utilizado na construção da pista do Autódromo Internacional de Mato Grosso, por exemplo.
Outro fato levado em conta para esta decisão técnica, é que boa parte deste segmento está inserido diretamente na área em que a concessionária Águas Cuiabá executa, por força de um Termo de Ajustamento de Conduta firmado com o Ministério Público Estadual e a Prefeitura de Cuiabá, melhorias na drenagem. As intervenções abrangem toda a bacia da Prainha e vias como: Mato Grosso, Voluntários da Pátria, Campo Grande, Isaac Póvoas, Getúlio Vargas e Cândido Mariano.
Segundo o secretário, concretar as pistas neste trecho prejudicaria a capacidade de coleta das águas de chuva, interferindo no funcionamento da drenagem que está sendo implantada. Por isso, o pavimento flexível é o mais adequado neste momento.
“Precisamos desmistificar essa ideia de que os problemas de drenagem do Centro de Cuiabá, que acontecem há décadas, são provocados ou serão resolvidos pelas obras de infraestrutura do transporte público. Não são. A drenagem do Centro ficou a cargo do TAC firmado entre Prefeitura, Ministério Público e Águas Cuiabá”, afirmou Marcelo.
Fonte: gazetadigital






