A situação do regime de Nicolás Maduro na Venezuela está se deteriorando cada mais mais rápido em meio à acelerada campanha militar dos Estados Unidos na região do Caribe.
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas americanas, o general Dan Caine, visitará Porto Rico e um dos vários navios de guerra da Marinha enviados ao Mar do Caribe para combater o narcotráfico nos próximos dias, enquanto a administração do presidente Donald Trump avalia a possibilidade de uma campanha militar mais ampla para pressionar a Venezuela.
Fontes consultadas pelo The New York Times disseram que o motivo declarado da viagem do oficial é agradecer às tropas antes do Dia de Ação de Graças, que acontece nesta quinta-feira (27).
Contudo, outros dois oficiais destacaram que o general tem sido um dos principais arquitetos da Operação Lança do Sul, a maior mobilização das forças navais americanas no Caribe desde a Crise dos Mísseis de Cuba e o bloqueio a Cuba em 1962. Por isso, espera-se que o líder militar consulte os comandantes sobre os preparativos da investida na Venezuela.
A visita do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas ocorre em um momento em que o presidente Trump avalia medidas mais sólidas para atingir o regime do ditador chavista. Nos últimos dias, segundo a imprensa americana, o republicano aprovou ações secretas dentro da Venezuela, que podem ter como finalidade preparar o terreno para futuras investidas militares.
Ao mesmo tempo, fontes disseram ao jornal que o presidente americano teria autorizado uma nova rodada de negociações paralelas com o objetivo de alcançar a renúncia de Maduro, que tentou vender uma proposta para deixar o poder dentro de alguns anos, mas que foi rejeitada por Washington.
Trump ainda não autorizou o envio de forças de combate para a Venezuela, portanto, essa próxima fase da crescente pressão do governo sobre o regime de Maduro pode envolver sabotagem, operações cibernéticas, psicológicas ou de informação.
O Departamento de Estado americano informou na semana passada que o Cartel de Los Soles, que a Casa Branca vinculou a Maduro, será designado uma organização terrorista estrangeira (FTO na sigla em inglês) a partir desta segunda-feira (24). Portanto, o chavista poderá ser um alvo direto das ações militares na região, visto que é considerado um líder de uma organização criminosa e terrorista pelos Estados Unidos.
Fonte: gazetadopovo






