Depois da separação, Manoela buscava mais do que um novo endereço, queria um espaço que traduzisse sua nova identidade. O resultado é este apê de 69 m² na Vila Leopoldina, assinado pelo Entropia Arquitetura, onde cada escolha reflete um recomeço: fluidez, iluminação natural e memórias afetivas. “Eu sabia do que não gostava, mas não do que gostava”, contou Manoela aos arquitetos. “Passei muito tempo vivendo os gostos de outra pessoa e preciso me redescobrir.” A sinceridade da moradora guiou todo o processo, que priorizou escuta, experimentação e conforto.
Conheça a especialista
Andressa Oliveira é arquiteta e urbanista especialista no cultivo de plantas em casa e com experiência em projetos arquitetônicos e de interiores.
Um projeto para recomeçar
Profissional de marketing e tecnologia, culta e amante de viagens, Manoela queria que o apartamento refletisse sua história e independência. O escritório redesenhou um layout que traduzisse esse novo ciclo, unindo acolhimento e leveza. “Levamos a Manu para visitar lojas de móveis antes de projetar. Ela precisava reencontrar o próprio gosto”, explicam os arquitetos. Essa imersão ajudou a definir o estilo: natural, praiano e acolhedor, com presença marcante de madeira, tecidos leves e elementos afetivos.
Cozinha integrada, mas discreta
A antiga cozinha fechada deu lugar a um ambiente fluido, emoldurado por uma estante multifuncional que integra, organiza e esconde. “Ela queria uma cozinha aberta, mas não tão exposta”, detalha o time. “Juntamos sua coleção de livros à estante e criamos um louceiro no mesmo volume.”
A marcenaria clara disfarça armários e aumenta a sensação de continuidade entre os ambientes. A bancada de granito escovado traz textura suave e natural, enquanto a porta de vidro entre cozinha e lavanderia separa os ambientes sem bloquear a luz. O piso de ladrilho hidráulico completa o toque artesanal e afetivo.
Sala fluida e cheia de memórias
No estar, o painel ripado disfarça o acesso á área íntima do apartamento com lavabo, escritório e suíte, mantendo a unidade visual. O estofado verde, que já pertencia à moradora, foi reformado e se tornou o ponto de cor do ambiente. Abaixo da TV, um banco de tora feito pelo próprio pai apoia vasos e cestos com mantas. Na parede atrás do sofá, o mapa de Paris celebra as oito viagens que Manoela já fez ao país.“A Manu queria elementos rústicos, mas que não pesassem”, reforça o escritório.
O resultado é um ambiente de tranquilidade, frescor e identidade, uma verdadeira tradução do lar que ela queria construir. Na decoração, predominam o branco, a madeira e o verde, cores que conectam o visual à natureza. O piso claro, as cortinas de linho e o tapete de algodão reforçam a sensação de amplitude.
Varanda como sala de jantar e respiro
Para otimizar o espaço, a sala de jantar migrou para a varanda. A bancada entregue pela construtora virou bar e adega, reunindo vinhos e lembranças de viagem. Uma poltrona giratória permite escolher entre o verde das plantas e a TV, tornando o ambiente versátil para ler, relaxar ou receber amigos. Cortinas de linho filtram a luz e ampliam o bem-estar.
Quarto e closet: o novo centro da casa
Com a reforma, o quarto ganhou metragem e tornou-se um refúgio. “É lá onde ela passa boa parte do tempo, por isso priorizamos conforto e amplitude”, explicam os arquitetos. A entrada se dá pelo closet leve, desenhado para se integrar às paredes. O painel ripado separa quarto e escritório sem recorrer a drywall. A cabeceira neutra, a almofada de crochê feita pela avó e o tecido em linho reforçam a estética natural e afetiva. Cada textura foi escolhida para traduzir calma e aconchego
Mais do que uma reforma, o apê de Manoela é uma história de autoconhecimento contada em marcenaria, luz e memórias. Cada detalhe acolhe seu presente e celebra seu recomeço, mesmo com poucos metros quadrados. O apartamento de 69m² ganhou fluidez e acolhimento com uma cozinha integrada e soluções que você pode copiar em casa. Inspire-se e confira também dicas para um apartamento pequeno parecer grande.
Fonte: tuacasa






