Conforme divulgado pela Polícia Civil de Mato Grosso, dois suspeitos de envolvimento em fraudes milionárias contra um grupo empresarial foram presos em flagrante na manhã desta quinta-feira (13.11). Entre os detidos estão um funcionário do grupo agrícola e um empresário dono de empresa de transportes.
Segundo a Delegacia Especializada de Estelionato de Cuiabá, o funcionário, de 28 anos, utilizava seu acesso privilegiado ao sistema interno da empresa para gerar ordens de pagamento referentes a serviços de transporte que nunca foram realizados. As fraudes, realizadas ao longo dos últimos três anos, podem ter movimentado cerca de R$ 10 milhões.
O esquema envolvia a emissão de notas fiscais e Conhecimentos de Transporte Eletrônico (CTes) fraudulentos, simulando fretes executados por uma empresa de transportes em nome do empresário de 29 anos, residente em Barra do Garças. Na prática, os fretes eram feitos pelos próprios veículos do grupo agrícola, mas pagos como se fossem serviços terceirizados.
Prisão em flagrante e apreensões
O funcionário foi detido na sede do grupo empresarial, localizada no bairro Ribeirão do Lipa, em Cuiabá. Durante a abordagem, foram apreendidos documentos, agendas e dispositivos eletrônicos relacionados às fraudes. Em sua residência, foram recolhidos veículos de luxo adquiridos recentemente sem comprovação de origem, incluindo um Volvo XC90 e um Hyundai Creta.
Paralelamente, policiais da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Barra do Garças cumpriram a prisão do empresário envolvido. Conforme apurado, ele teria colaborado com a emissão de documentos e recebido os pagamentos irregulares.
Contexto e impacto
O caso evidencia a vulnerabilidade de sistemas internos corporativos diante de fraudes internas, especialmente quando há acesso privilegiado de funcionários a informações financeiras. O grupo empresarial detectou recentemente novas emissões de CTes e pagamentos irregulares que somavam mais de R$ 295 mil, motivando a ação policial.
Fraudes desse tipo, segundo especialistas em contabilidade forense, podem comprometer seriamente a saúde financeira de empresas, gerar responsabilização criminal e civil dos envolvidos e impactar a confiança de investidores e parceiros.
Transparência e próximos passos
As investigações permanecem em andamento para apurar possíveis outros envolvidos e confirmar a extensão do golpe. A Polícia Civil reforça que o caso segue sob sigilo de justiça, e novas medidas serão divulgadas conforme o andamento da investigação.
Box informativo:
- Local das prisões: Cuiabá (funcionário) e Barra do Garças (empresário).
- Valores envolvidos: até R$ 10 milhões em três anos.
- Documentos utilizados: CTes e notas fiscais fraudulentas.
- Veículos apreendidos: Volvo XC90 e Hyundai Creta.
Reportagem baseada em nota oficial da Polícia Civil de Mato Grosso.
Para mais informações sobre prevenção a fraudes corporativas, consulte órgãos oficiais de contabilidade e auditoria forense.
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Fonte: cenariomt






