Os recentes casos de agressão em escolas de Mato Grosso reacenderam o debate sobre a segurança escolar. O deputado estadual Wilson Santos (PSD) cobrou do governo estadual medidas concretas para prevenir e combater episódios de violência, defendendo a criação de políticas públicas permanentes que garantam a integridade da comunidade estudantil.
Para o parlamentar, a questão vai além das escolas e reflete as desigualdades sociais do país. “A violência é consequência direta da exclusão social. A escola precisa ser um espaço de formação e esperança, não de medo”, afirmou. Ele reforçou que o Estado deve agir com urgência para conter os episódios recorrentes.
Projeto de lei vetado e críticas à falta de prevenção
Wilson lembrou que desde 2019 vem propondo soluções para o problema. Naquele ano, apresentou o Projeto de Lei nº 688/2019, que previa a instalação de câmeras de monitoramento, detectores de metais, portas giratórias e sistemas de controle de acesso em unidades de ensino. O texto foi aprovado pela Assembleia Legislativa em fevereiro de 2025, mas vetado integralmente pelo Executivo três meses depois.
“É lamentável. Essa proposta poderia ter evitado tragédias recentes. São medidas preventivas essenciais para preservar a integridade física e psicológica de alunos e professores”, criticou o deputado.
Casos recentes aumentam preocupação
Dois episódios ocorridos na última semana ampliaram a preocupação com a segurança nas escolas. Em Rondonópolis, um estudante de 16 anos esfaqueou uma colega de 13 após alegar sofrer bullying. Já em Pontes e Lacerda, um aluno agrediu uma estudante com um chute pelas costas durante o intervalo, episódio que foi filmado e viralizou nas redes sociais.
“Esses são apenas os casos que vieram à tona. Quantos outros não chegam ao conhecimento público?”, questionou Wilson. Ele ressaltou que o combate à violência escolar deve abranger desde o bullying até agressões físicas e verbais, para proteger o ambiente de aprendizado.
Em resposta, o secretário de Estado de Educação, Alan Porto, informou que as famílias e comunidades afetadas estão recebendo acompanhamento psicossocial. Também destacou que o governo pretende transformar escolas com histórico de violência em unidades cívico-militares, reforçando valores de respeito e disciplina.
O tema segue em pauta na Assembleia Legislativa, com novas discussões previstas para as próximas sessões. A sociedade, por sua vez, espera ações que realmente garantam um ambiente escolar mais seguro e acolhedor.
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Fonte: cenariomt
