Funcionário é assassinado por vigilante em fazenda de Santa Cruz do Xingu

Um homem identificado como Eldina Cunha da Silva, de 35 anos, foi morto a tiros na madrugada de domingo (9) dentro de uma fazenda em Santa Cruz do Xingu, a cerca de 1.200 km de Cuiabá. O autor do disparo, um vigilante de 32 anos que trabalhava no local, foi preso em flagrante logo após o crime.

De acordo com o boletim de ocorrência, a equipe da Polícia Militar foi acionada por volta da 1h da manhã, após relatos de que o vigilante havia atirado contra um funcionário. Ao chegarem à propriedade, os policiais encontraram o suspeito próximo à sede da fazenda, ainda com o uniforme da empresa de segurança e portando o revólver Taurus calibre .38 usado no disparo.

Durante o depoimento, o segurança relatou que existia uma determinação interna proibindo a entrada de funcionários na sede após as 23h, exceto com autorização do gerente. Ele contou que um veículo com quatro pessoas chegou ao portão da fazenda e que todos apresentavam sinais de embriaguez. O vigilante afirmou ter se recusado a liberar a passagem até obter autorização superior.

Segundo o relato, Eldina, que era funcionário do local, insistiu em entrar e declarou que era encarregado. Ele teria pulado a porteira, ignorando as ordens do vigilante, que disparou um tiro para o chão como advertência. Ainda conforme sua versão, a vítima continuou se aproximando e o desafiou, momento em que ele efetuou o segundo disparo, atingindo o tórax dele.

Os policiais encontraram o homem caído e sendo amparado pela esposa, que se recusava a deixar o corpo. O vigilante não resistiu à prisão e foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil, junto com a arma apreendida.

Investigação e versões

Testemunhas que estavam no veículo confirmaram à PM que o grupo havia ingerido bebida alcoólica antes do episódio. O caso foi registrado como homicídio doloso consumado e será investigado pela Polícia Civil, que deve apurar as circunstâncias do disparo e ouvir novas testemunhas nos próximos dias.

Conforme informações da Polícia Militar, o vigilante permanece à disposição da Justiça enquanto as investigações avançam. O crime ocorreu em uma região de fazendas conhecida por sua distância dos centros urbanos, o que dificultou o socorro imediato à vítima.

Fonte: informações da Polícia Militar e da Polícia Civil de Mato Grosso.