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Influenza faz vítimas em Cuiabá: 13 idosos morrem sem vacina, total de 238 mortes por vírus respiratórios

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Cuiabá enfrenta, em 2025, a pior temporada de influenza dos últimos anos. Os casos de gripe provocados pelos vírus influenza A e B deram um salto de mais de 1.000% entre moradores da capital, tornando-se o agente respiratório que mais cresceu neste ano, segundo o Boletim Epidemiológico de Vigilância dos Vírus Respiratórios, divulgado nesta sexta-feira (7) pela Secretaria Municipal de Saúde.

Vigilância Epidemiológica • Cuiabá

Influenza dispara em 2025: +1.002,6%

Casos entre residentes saltam de 115 (2024) para 1.268 (jan–out/2025) e vírus volta ao centro das atenções. Já são 15 mortes13 idosos sem vacinação recente.

Crescimento anual
+1.002,6%
2025 vs. 2024
Casos em 2025
1.268
Jan–Out (residentes)
Óbitos
15
13 idosos sem vacina
115
2024
1.268
2025 (jan–out)
Comparativo de casos entre residentes 2024 2025
Agente: Influenza A e B Período: jan–out/2025 Vacinação: baixa adesão entre idosos

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde

O avanço colocou o vírus novamente no centro das atenções epidemiológicas e já provocou 15 mortes, entre eles 13 idosos, todos sem registro de vacinação recente, conforme o boletim referente ao período de 29 de dezembro de 2024 a 1º de novembro deste ano.

O número de casos de influenza entre residentes passou de 115 no ano passado para 1.268 em 2025, além de outros registros de pessoas atendidas em Cuiabá que não moram na cidade. O volume coloca a influenza acima da Covid-19 em circulação geral, algo que não acontecia desde o início da pandemia.

Crianças no centro das notificações

A influenza avançou em todas as idades, mas o impacto é especialmente forte entre crianças pequenas. A faixa de 0 a 6 anos concentra mais da metade das infecções registradas em 2025.

O mesmo comportamento aparece no vírus sincicial respiratório (VSR), que provoca bronquiolite: dos 500 casos notificados, 478 são dessa faixa etária, ou seja, 95% atingem bebês e crianças pequenas.

Covid-19 recua mais de 60%, mas ainda mata

Ao contrário da influenza, a Covid-19 apresentou queda expressiva em Cuiabá. Os casos despencaram 66%, passando de mais de quatro mil registros no ano passado para pouco mais de 1,4 mil em 2025 entre moradores.

Mesmo com a redução, a doença ainda aparece entre as principais causas de internação por síndrome respiratória grave (SRAG) e soma dezenas de mortes, especialmente entre pessoas com comorbidades.

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Covid-19 e SRAG • Cuiabá

Covid-19 cai 66% em Cuiabá, mas SRAG segue firme

Casos entre residentes caem de 4.100+ (2024) para ≈1.400 (jan–out/2025). Mesmo assim, a Covid permanece entre os maiores causadores de internação por SRAG.

Variação anual
−66%
2025 vs. 2024
SRAG – internações
1.853
Cuiabá • 2025
SRAG – óbitos
238
150 residentes
4.100+
2024
≈1.400
2025
Casos de Covid-19 entre residentes 2024 2025
6,7%
Letalidade da SRAG (residentes)
Uma das maiores taxas da série histórica — reforça importância da vacinação e do atendimento precoce.
1.853
Internações (2025)
238
Óbitos (2025)

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde.

A soma dos vírus respiratórios se reflete no indicador mais grave: as internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Em 2025, Cuiabá registrou 1.853 internações e 238 óbitos, sendo 150 de moradores da capital.

A taxa de letalidade da SRAG entre residentes é de 6,7%, uma das mais altas desde o início da série histórica.

Mortes por influenza

Entre os óbitos investigados por influenza, 13 eram idosos. Em todos os casos, não havia registro de vacinação contra o vírus no último ano.

A ausência de imunização transformou esses pacientes no grupo mais vulnerável às complicações da doença, especialmente pneumonias, insuficiência respiratória e descompensação de doenças crônicas.

A combinação de baixa adesão à vacina, maior circulação de pessoas e retorno de variantes que não circulavam com intensidade desde antes da pandemia explica o comportamento atípico da temporada de 2025.

Cenário exigem atenção

Com o período chuvoso e a chegada de frentes frias, a tendência é que a circulação de vírus respiratórios permaneça alta nas próximas semanas. A Secretaria de Saúde pede atenção redobrada para crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas, que são os grupos que mais apresentam complicações.

Enquanto a Covid-19 perde força, a influenza e o VSR mostram que o ciclo dos vírus respiratórios segue em constante transformação e, em 2025, o alerta é claro: vacinação importa mais do que nunca.

Fonte: primeirapagina

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