Economia

Selic a 15%: Setor produtivo amplia preocupações

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A decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central de manter a Selic em 15% ao ano gerou críticas de entidades ligadas à indústria, ao comércio, à construção civil e a sindicatos. Para a Confederação Nacional da Indústria, o nível atual de juros limita a atividade econômica e deixa o país em desvantagem frente a outras economias, onde há redução gradual das taxas.

Em posicionamento público, o presidente da CNI, Ricardo Alban, afirmou que uma política monetária considerada excessivamente contracionista prejudica o crescimento e afeta diretamente o mercado de trabalho. Segundo pesquisa da entidade, 80% das empresas industriais identificam os juros como o maior obstáculo ao crédito de curto prazo.

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Construção civil também pressiona

O setor de construção civil demonstrou preocupação com o impacto no crédito habitacional. O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, Renato Correia, afirmou que a taxa elevada torna novos empreendimentos menos viáveis. A entidade revisou para baixo a projeção de expansão do setor em 2025, atribuindo a revisão ao custo elevado do financiamento.

Sindicatos apontam efeitos fiscais

Centrais sindicais destacaram o impacto da Selic nas contas públicas. Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, cada ponto percentual de aumento representa elevação significativa das despesas com juros da dívida. A Força Sindical também classificou o cenário como prejudicial ao consumo das famílias.

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Comércio e supermercados reagem

O setor supermercadista criticou o que considera um descompasso com o cenário internacional. Segundo a Associação Paulista de Supermercados, o país mantém uma das maiores taxas de juros reais do mundo, o que afeta investimentos e reduz o poder de compra das famílias.

Associação comercial defende cautela

A Associação Comercial de São Paulo reconheceu os desafios impostos pelos juros, mas ponderou que a política monetária ainda responde à inflação acima da meta. Para a entidade, fatores como expansão fiscal e instabilidade internacional sustentam a manutenção da taxa.

Fonte: cenariomt

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