Um menino de 9 anos morreu na tarde de domingo (26) após ter o pescoço cortado por uma linha com cerol enquanto andava de bicicleta pela Rua das Japuíras, no loteamento Hélio Ponce de Arruda, no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, Mato Grosso. A criança não resistiu ao ferimento e faleceu ainda no local.
De acordo com as primeiras informações repassadas pelas equipes que atenderam a ocorrência, o menino seguia pedalando quando foi surpreendido pela linha de pipa. Mesmo com a chegada rápida do Samu e da Polícia Militar, não houve possibilidade de reverter o quadro, e a morte foi constatada no ponto do acidente.
O espaço foi isolado para o trabalho da DHPP e da Politec, responsáveis pelos procedimentos periciais. A análise técnica deve ajudar a esclarecer como a linha atingiu a vítima e se é possível identificar quem manuseava a pipa naquele momento.
Relatos de moradores e clima de comoção
Moradores relataram que havia vários jovens soltando pipa na região quando tudo aconteceu. A presença constante de praticantes nessa área é conhecida pelos vizinhos, especialmente em fins de semana, quando o movimento costuma ser maior. A tragédia abalou a comunidade, que se reuniu para tentar confortar a família.
Imagens enviadas ao repórter Serginho Lapada mostram a mãe da criança desesperada ao lado do corpo do filho. Por respeito aos familiares, as cenas não serão exibidas. O episódio gerou forte comoção e reacendeu o debate sobre o uso de cerol e da chamada linha chilena, materiais que oferecem risco elevado e são proibidos por lei em diversas regiões.
Você já presenciou uso de linha de pipa com produtos cortantes próximo a vias movimentadas? Situações como essa mostram como um momento de lazer pode se transformar em tragédia quando regras básicas de segurança não são respeitadas.
Uso de cerol e alerta às famílias
O cerol é um composto feito, geralmente, de cola e vidro moído aplicado na linha de pipa para cortar outras durante competições informais. Apesar de proibido e amplamente alertado pelas autoridades, seu uso permanece recorrente e coloca em risco não apenas praticantes, mas também ciclistas, motociclistas e pedestres. A linha chilena, ainda mais cortante, também é ilegal e tem potencial de causar ferimentos graves.
O caso ocorrido em Várzea Grande serve como um alerta direto às famílias e responsáveis: acompanhar a brincadeira das crianças e orientar sobre o perigo desses materiais pode evitar acidentes fatais. Muitas vezes, jovens desconhecem a gravidade dos danos que uma linha cortante pode causar.
Conversar com adolescentes e crianças que soltam pipa, reforçando que o uso de cerol é crime e pode resultar em consequências irreparáveis, é uma medida preventiva essencial. Além disso, quem presencia o uso desse tipo de linha pode acionar a polícia para evitar que a situação evolua para tragédias como esta.
Ao final da perícia, o caso seguirá para investigação da DHPP, que deve ouvir moradores e buscar mais informações sobre quem estaria soltando pipa naquele momento. A comunidade aguarda esclarecimentos e espera que o episódio traga mais conscientização sobre a necessidade de respeito às leis e aos cuidados fundamentais com a vida.
As informações foram divulgadas pelas equipes que atenderam a ocorrência no local.
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Fonte: cenariomt






