Forças de segurança em Mato Grosso intensificaram, neste mês de outubro, ações de fiscalização contra adulteração de bebidas alcoólicas, conforme divulgado pela Polícia Civil do Estado. Ao menos oito operações foram conduzidas em municípios como Cuiabá, Várzea Grande, Nova Mutum, Barra do Garças, Água Boa, Nova Xavantina e Querência.
As ações contaram com a participação da Polícia Militar, Polícia Civil, Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), em parceria com vigilâncias sanitárias e órgãos de fiscalização e saúde. Segundo o secretário adjunto de Integração Operacional da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), coronel Fernando Augustinho, o objetivo é reforçar a atuação preventiva, localizar fábricas clandestinas e intensificar o monitoramento de pontos de venda.
Operações e retenção de produtos
Uma das operações destacou-se em Várzea Grande, onde uma distribuidora foi fiscalizada após ser apontada como fornecedora de bebidas para supermercados do interior. Equipes da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Vigilância Sanitária Estadual e Municipal, além da Politec, retiveram mais de 7 mil garrafas de whisky com suspeita de adulteração.
Conforme apurado, as investigações tiveram início após apreensões em Água Boa, Nova Xavantina e Barra do Garças, quando diversas garrafas apresentaram indícios de falsificação entre os dias 22 e 23 de outubro. A denúncia surgiu após relatos de intoxicação por bebidas consumidas na região do Araguaia, entre 11 e 14 de outubro, incluindo uma internação em Goiânia com suspeita de metanol.
O delegado Rogério Ferreira, titular da Decon, esclareceu que ainda não há confirmação de falsificação. “O material está sendo retido por divergência entre números de lote e como medida preventiva até a conclusão da investigação”, afirmou.
Trabalho pericial
Segundo o diretor-geral da Politec, Jaime Trevizan Teixeira, a perícia é fundamental para transformar casos suspeitos em evidência técnica. O processo segue quatro etapas:
- Coleta e preservação das amostras no local;
- Documentoscopia de rótulos, lacres e selos;
- Análise química detalhada para identificar substâncias perigosas, como o metanol;
- Toxicologia forense, com cromatografia, para determinar níveis exatos de substâncias tóxicas e confirmar ingestão pelos consumidores.
Essa abordagem científica é reconhecida por órgãos nacionais de segurança alimentar e pela Polícia Federal, permitindo responsabilização e proteção da população.
Como denunciar
A população pode colaborar acionando os canais:
- 181: canal sigiloso da Polícia Civil;
- 190: Polícia Militar;
- 197: Polícia Civil.
Reportagem baseada em nota oficial da Polícia Civil de MT, Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) e Politec.
Box informativo:
- Agosto de 2025: Mato Grosso registrou aumento de 12% em casos de adulteração de bebidas, segundo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
- Metanol é altamente tóxico e pode causar cegueira ou morte; sua presença em bebidas é crime previsto no Código Penal e na Lei nº 9.605/98.
- Distribuidoras e estabelecimentos são responsabilizados caso comprovada a venda de bebidas adulteradas.
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Fonte: cenariomt






